quinta-feira, 26 de abril de 2012

Descobrir e processar ideias...


O factor mais determinante, na forma como resulta e funciona a nossa vida, é a nossa filosofia. O verdadeiro teste de maturidade é exactamente assumir a responsabilidade de criar valor com aquilo que a vida nos traz.
É através da nossa filosofia que podemos transformar a informação e as ideias que estão à nossa disposição em valor. É isso que nos torna diferentes dos animais. Estes só podem contar com os seus instintos. Quando o Inverno chega, os patos só podem voar para sul. Se a sul as coisas não estiverem melhores, os patos não têm a capacidade de fazer esse escrutínio e alterar as suas decisões... Mas nós temos. Nós podemos desenvolver a nossa filosofia! E para isso temos de pensar. Temos de descobrir e processar ideias...
Percebi que alguns erros de julgamento feitos diariamente, teriam, a longo prazo, resultados dramáticos. Não é por fumar um cigarro que vou ficar doente. Não é por fumar um maço que vou ficar doente. Mas se fumar um maço por dia durante alguns anos, aí sim, nada de bom poderá resultar. A questão é que, quando temos erros de julgamento, a vida não traz os maus resultados no imediato. Leva tempo. E embora nunca tivesse fumado, havia outros erros de julgamento que teimava em repetir. E eram esses erros que estavam a atrasar os meus sonhos. Mas então o contrário haveria também de ser verdade, se alguns maus juízos repetidos diariamente começavam o processo de erosão que originavam os maus resultados, então  algumas práticas simples repetidas diariamente e de forma disciplinada, poderiam ter o efeito exactamente contrário... ser o caminho para tudo  o queremos tirar da vida...
A partir daí, passei a ser grato por tudo aquilo que tenho. A ser grato por tudo o que a vida me trouxe. E, a partir dessa gratidão, a procurar as ideias, o conhecimento e os livros que me ajudassem a desenvolver a minha filosofia... E a minha vida nunca mais foi igual... Não voltei a culpar nada, nem ninguém e desde aí comecei a viver os meus sonhos.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Poder da Visualização.


A força da visualização.


A nossa capacidade de visualizar e, por isso, de viver as coisas por dentro antes de as viver por fora, é uma das nossas capacidades mais poderosas. Este hábito permite a gravação da informação no nosso subconsciente, mas permite também a ligação da informação ao superconsciente.
A visualização desencadeia a força da lei da atracção, pela qual tudo aquilo com que ocupamos a nossa mente, de uma forma constante, se torna fisicamente a nossa realidade.
Um coronel americano, vários anos prisioneiro num campo de concentração durante a guerra da Coreia e confinado a uma minúscula cela sem grades nem luz, onde uma vez por dia se abria uma porta por onde lhe entrava alguma comida e onde não tinha sequer espaço para dormir esticado, nem sítio para fazer as suas necessidades, passava o seu dia dedicado à sua paixão: o golfe. O coronel jogou e voltou a jogar, mentalmente e durante anos, todos os jogos que havia feito na vida. Quando se cansou de jogar esses jogos, começou a jogar os jogos de outros e até a imaginar jogos que nunca antes havia jogado. Visualizava na perfeição todos aqueles momentos e era a isso que dedicava o seu dia durante os anos em que esteve preso. Quando terminou a guerra e teve a oportunidade de voltar aos EUA, inscreveu-se num torneio e ainda que subnutrido e em má forma física, fez o seu melhor jogo de sempre.
Quando foi entrevistado e lhe perguntaram se era sorte a performance obtida depois de tantos anos sem jogar, respondeu que não podia ser sorte pois tinha feito "o pior jogo dos últimos anos". Estando em modo de visualização, temos a oportunidade de praticar apenas as coisas boas enquanto na experiência real praticamos, muitas vezes, os erros de forma repetida e são eles que acabam por ficar também cristalizados na nossa auto-imagem e, consequentemente, no nosso desempenho. Testes feitos em universidades americanas com equipas de basquetebol comprovam os mesmos resultados. Colocadas equipas a praticar lances livres em modo de visualização e outras em modo real, as que treinam em modo de visualização acabam quase sempre por ter melhores resultados.
A realidade é que o nosso subconsciente não distingue a experiência real da fictícia, tomando as duas como boas. Como em visualização acertamos sempre, desenvolvemos a autoconfiança necessária para ser bem sucedidos.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O Poder de definir objectivos...


Como definir objectivos


 Já dizia Séneca que: “Se não sabes para onde vais, todos os ventos te são desfavoráveis. De facto, a partir do momento em que temos um objectivo, todas as decisões que tomamos têm em vista aproximarmo-nos dele. Mesmo quando essas decisões se mostram erradas, o facto de o objectivo estar definido permite-nos tomar a acção correctiva necessária para nos voltarmos a aproximar na próxima decisão. Mas o objectivo precisa de ser um verdadeiro objectivo e não apenas um desejo. O que é que distingue um do outro? De uma forma simples, a formulação de um desejo pressupõe uma postura passiva e a espera de que o acaso se organize no sentido de nos proporcionar o que pretendemos. A realidade é que isso raramente acontece. A formulação de um objectivo implica acção consequente e congruente com esse mesmo desígnio. Implica o início de uma aproximação constante em relação a esse fim. E a única forma de não chegarmos é desistir a meio do caminho.
Um pouco como funciona um avião ou mesmo um barco, depois de traçarem um objectivo, vão cerca de 99% do tempo fora de rota, mas ao monitorizarem de forma constante a sua aproximação podem também ir adoptando a acção correctiva, que os conduzirá ao destino que pretendem.  
Em primeiro lugar, os objectivos devem ser específicos. Isto significa que devem não só ser claros, como bem definidos e identificados. Significa que devemos conhecer o maior número de detalhes possível sobre o resultado que pretendemos.
Depois devem ser quantificados. Ou seja, devem ser mensuráveis. Deve ser possível perceber de uma forma rigorosa se nos estamos a aproximar deles ou não. Devem ser traduzíveis em números o mais possível.
Devem ainda ser enquadrados no tempo. Para ser possível medir a sua realização com rigor, é preciso saber quando se faz essa medição. Se não tiverem datas para se realizar, não são verdadeiros objectivos pois perdem uma parte do seu poder. A parte que vem da pressão positiva de haver um prazo de realização e que nos permite saltar depois para o objectivo seguinte.
Por último, torna-se relevante que sejam atingíveis. E este é o ponto onde a maior parte de nós tem grandes dificuldades. Por um lado, ser atingível não deve levar a que sejam tão fáceis que dificilmente não os consigo atingir, por outro não podemos permitir que sejam tão ambiciosos que nem nós próprios, no fundo, que acreditemos neles.
Outro aspecto fundamental dos objectivos é a pessoa em que nos tornamos no processo de os atingir. Os objectivos devem-nos obrigar a dar o melhor de nós. Devem-nos obrigar a reforçar as nossas competências centrais e mesmo a nossa própria identidade, incluindo os nossos valores e convicções. Desta forma, tornam-se importantes não só por aquilo que nos trazem, mas principalmente por aquilo em que nos tornam. Melhores pessoas, mais capazes, com uma lista de qualidades mais atractiva, com uma maior capacidade de influenciar os outros e de os mobilizar e mesmo com um nível de conhecimento mais elevado.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A vantagem dos vencedores!


Ser excepcional!


Muita gente se recorda, nas Olimpíadas de 2008, da 7.ª medalha de ouro de Michael Phelps, nos 100 m mariposa na última braçada. Depois de ir em segundo toda a prova e mesmo dando a última braçada depois do seu principal adversário, Phelps chega primeiro porque a braçada do outro atleta ficou a poucos centímetros do muro. Impressionante! Phelps leva a sua 7.ª medalha de ouro e o segundo classificado, quem se lembra do nome dele? Um atleta de excepção. Foi em primeiro toda a prova, perdeu na última braçada por uma fracção de segundo e ninguém se lembra do seu nome…
Uma das maiores evoluções no campo da performance humana é o conceito da vantagem do vencedor, the winning edge concept. A ideia de que um grau, um centímetro, um segundo, podem fazer a diferença entre quem rapa todas as recompensas e quem vai para casa de mãos a abanar... E se no desporto o segundo classificado ainda leva prémios de consolação e algum dinheiro, na vida o cenário é, muitas vezes mais cruel. Na vida, com frequência o segundo classificado zero.
Com a globalização, as tecnologias de informação e os programas de treino à disposição de qualquer um estão reunidas as condições para cada um de nós crescer até onde quiser na respectiva profissão.
        E podemos pensar que isso não é justo e que vamos à missa ao domingo e que ajudamos os pobrezinhos e temos as quotas do clube desportivo em dia, que a vida não nos devia tratar assim… Mas é a realidade. A vida nem sempre é justa. Basta uma pequeníssima diferença para decidir quem aparece com o resultado. 
Cada vez mais isto é verdade. Cada vez mais vivemos num mundo competitivo e como tal, ser bom já não chega. Os bons recolhem pobres resultados. Para se obterem bons resultados há que ser Excelente. Há que estar a 100%! Mas para se obterem resultados excelentes há que estar acima dos 100%. Para se obterem resultados excelentes, há que ser absolutamente excepcional. E são os indivíduos excepcionais que rapam todos os benefícios.