quinta-feira, 7 de outubro de 2010

o que não aprendi na escola

Não aprendi na escola assumir a responsabilidade e a perceber que tudo o que tenho na vida, bom ou mau, fui eu que atraí pela pessoa que sou. Não aprendi que de cada vez que aponto o dedo a alguém, três dedos ficam apontados para mim.

Não aprendi que errar é positivo e a melhor forma de crescer e aprender. Não aprendi que o meu futuro só depende de mim a das decisões que eu tomo.

Nunca me ensinaram que o meu potencial é ilimitado. E que as únicas limitações que tenho são as que imponho a mim mesmo.

Também não aprendi na escola que a única forma de falhar é desistir. E que quando persisto e afino a minha abordagem até encontrar o caminho, nada é impossivel...
Não aprendi a definir objectivos e a ser ambicioso. Não pelos resultados, mas pela pessoa em que me torno no processo de os atingir.

Não aprendi que servir aos outros é o caminho do sucesso, do reconhecimento e da grandeza. Antes pelo contrário...

Não tenho ideia de me terem transmitido a importância do trabalho de equipa. Não tenho ideia de me terem tentado explicar que quando dois ou três se pões de acordo nada os pode parar.

Nunca me ensinaram também a deixar melhor tudo o que tocamos. A passar pela vida de alguém e deixar uma marca positiva...

Aprendi a portar-me bem, cumprir as regras e não fazer ondas. Aprendi que devia estudar para ter um bom emprego e seguro. Aprendi a não discutir, nem por em causa as “autoridades”. Mas nunca aprendi que só os inseguros têm medo de ser questionados.
Nunca aprendi a honrar os meus compromissos e a minha palavra. Nunca me ensinaram que quem não cumpre também não tem o direito de reclamar.

Se me tentaram ensinar eu não apanhei que o universo é abundante e que viver no princípio da escassez, em que os nossos ganhos representam as perdas dos outros, nos torna exemplos patéticos de hostilidade e de fazer aos outros antes que nos façam a nós.

Nunca me ensinaram a admirar os que são e têm mais do que eu e a percebê-los como inspirações para a minha vida. Tenho até a sensação de que me podem até ter ensinado a invejá-los e não sei se é impressão minha, mas talvez me tenham até dado exemplo de deles escarnecer.

Nunca me ensinaram na escola, mas tive a felicidade de poder aprender noutros sítios. Como qualquer outra pessoa pode fazer. E hoje tento passar esta informação aos meus filhos e a todos quantos têm tempo e interesse de ouvir. Uns procuram também aprender e outros preferem ficar como e onde estão... Eu tento aprender com todos. Todos os que me passam pela vida.

A mim resta-me saber que não dou menos do que o meu melhor absoluto e que ainda me falta aprender muito...

terça-feira, 16 de março de 2010

Condições de vida

De cada vez que as nossas condições de vida estão de acordo com as nossas expectativas, nós sentimo-nos bem.

Quando existe uma diferença entre as nossas condições de vida e as nossas expectativas gera-se dor. Sendo a dor uma das duas forças que derradeiramente dirige a nossa acção (a outra é o prazer), há três comportamentos que normalmente assumimos para afastar essa dor.

O primeiro e mais frequente, é encontrar um culpado. Tendemos a não assumir a responsabilidade e a propriedade sobre o que se passa à nossa volta. Culpamos eventos, os outros, a nós próprios e eventualmente até o árbitro e a sogra. Mas assumimos a incapacidade de mudar o que se passa.

O segundo e também bastante frequente, é mudarmos as nossas expectativas. Se as condições de vida não correspondem às nossas expectativas, ao baixarmos as últimas, afastamos o desconforto. “Há mas são verdes!”. Convencemo-nos de que não precisamos de ver essas expectativas satisfeitas... Fechamos por menos do que merecemos...E contentamo-nos com as migalhas... Encontramos pobres argumentos para justificar a mediocridade porque “o importante é viver descansado”. E chegamos até a encontrar evidência, de que termos expectativas elevadas faz de nós pessoas menos dignas porque ”isso de ser bem sucedido é para quem está disposto a passar por cima dos outros!...”

A terceira possibilidade e infelizmente a menos frequente, é a de mudarmos as nossas condições de vida. Quando assumimos a responsabilidade de ser os agentes de mudança, assumimos também a responsabilidade de ter melhores condições de vida. Mais do que isso, criamos condições para aumentarmos as nossas expectativas. Ou seja, à medida que vamos atingindo os nossos objectivos, traçamos outros cada vez mais ambiciosos. E esta será a atitude dos que contribuem para que o mundo seja melhor. Esta será a forma de estar dos que constroem um futuro melhor para os seus filhos, mas também para os nossos.

Eu entendo que vivemos num mundo absolutamente fantástico. As condições de vida a que temos acesso são inacreditáveis, por comparação à forma como vivíamos há 50, 100, 1000 e 5000 anos. E isso é possível porque algumas pessoas extraordinárias, quase sempre com sacrifício pessoal, saíram da sua zona de conforto e deram à sociedade mais do que se esperava delas. Recusaram-se a viver com aquilo que a vida lhes dava e decidiram tirar dela o que queriam. Assumiram a responsabilidade de mudar as suas condições de vida e de não arranjar justificações para o insucesso e nem baixar as suas expectativas.

Será que temos o direito de viver num mundo construído por Indivíduos de sucesso, beneficiarmos de tudo o que eles nos deixam e não assumir a responsabilidade de lutarmos diariamente para construir os nossos futuros? Adaptando a frase de Kennedy passarmos a perguntar “o que podemos nós fazer pelo mundo, em vez de perguntar o que pode ele fazer por nós.”

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ecologia

Um dos princípios menos compreendidos do sucesso é o princípio da ecologia. O princípio da ecologia é princípio de que qualquer forma de sucesso só poderá ser atingido em alinhamento e harmonia com a ordem natural que desenha o próprio universo.

Isso significa procurar um sentido na vida que nos ultrapasse a nós próprios. Para a vida ser vivida de uma verdadeiramente gratificante, deve ser vivida em função de cuidar de algo maior do que de nós mesmos. É por isso que construímos família!... Mas para que a vida seja vivida de uma forma extraordinária, o nosso sentido deve ultrapassar a nossa própria família e encontrarmos uma forma de acrescentar valor a um grupo ainda maior de pessoas. Encontrar uma forma de servir à sociedade.

E se enquanto o fazemos experimentamos o nosso crescimento pessoal, esse crescimento é acelerado e levado ao seu máximo potencial, a partir do momento em que é investido no crescimento dos outros. E por isso os vencedores criam outros vencedores! Criar outros vencedores faz parte do processo de vencer. O universo é abundante e recompensa-nos quando estamos alinhados com esse princípio de abundância.

E este princípio da abundância é o verdadeiro princípio ecologia universal. Abundância por oposição ao espírito da escassez que tantas vezes norteia a acção humana. A escassez dos jogos de soma nula, em que não havendo valor acrescentado, o ganho de uns significa irremediavelmente a perda de outros.

Gerir a nossa vida não compreendendo o espírito da abundância, significa seguir o princípio da escassez que faz de nós exemplos patéticos de agressividade… ou passividade. Exemplos de quem não é capaz de construir relações em que ambas as partes saiam a ganhar.

Exemplos de quem faz aos outros antes que lhe façam a si, assentando o próprio conceito de vitória, nas derrotas dos outros, ou de quem desiste sequer de empreender. Tudo isto porque não está disposto a dar o seu melhor e porque não compreende sequer o pode ser isso.

Os vencedores dão o seu melhor todos os dias. Porque compreendem que o seu sucesso depende directamente da forma como usufruem da abundância de recursos que o universo proporciona. Para eles todos os dias são uma final e não há descontos de tempo, nem substituições. Têm um elevado sentido do agora, porque compreendem que o tempo é a quarta dimensão. Agora e já passou… agora e já passou…

Não vivem no passado, nem projectam no seu futuro as memórias do que lhes correu menos bem. Aprendem com o passado e vivem no presente, projectando no futuro as memórias das suas vitórias e a imagem das que ainda estão por acontecer. Vivem no presente, enquanto olham para o futuro.