quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Filosofia

“Não podemos mudar a semente, o solo, a chuva, nem a luz do sol, mas podemos mudar-nos a nós!”

Jim Rohn

Houve uma altura na minha vida em que, apesar de trabalhar muito, apesar de ter uma série de competências técnicas importantes para o desempenho das minhas funções profissionais e apesar de até ter o reconhecimento profissional dos meus superiores hierárquicos, não estava a conseguir progredir da forma que desejava. E se não estava a conseguir progredir a nivel profissional, também a nivel pessoal a vida não se estava a desenrolar de acordo com os meus objectivos. Eu teria 27/28 anos muitas expectativas, estava também a construir família mas começava a sentir-me atrasado nos meus sonhos.

Comecei então a procurar justificações para o que se passava comigo. Comecei também a encontrar alguns culpados para os resultados que teimavam em atrasar-se. Culpei a sociedade, a família, a empresa onde trabalhava e o próprio mundo que não me tratava de uma forma justa. Mas nunca me passou pela cabeça culpar a minha filosofia. “Porque é que as coisas não me correm melhor? Sabe, é que eu tenho esta fraca filosofia que não me ajuda nada.” Não, isto nunca me passou pela cabeça.

Mas um dia compreendi que se continuasse a culpar tudo à minha volta pelos meus lentos progressos, estava a culpar tudo o que tinha. Se culpasse o sol, o vento, o solo, o sol, as sementes e as estações do ano, então nada mais restava. Nesse dia compreendi que há coisas sobre as quais simplesmente não temos controlo. São as regras do jogo. Nesse dia compreendi também que havia algo que eu podia controlar e que era suficiente para fazer toda a diferença... A minha filosofia!

Eu costuma pensar “...mas as pessoas não compreendem os desafios (eu costumava chamar-lhe problemas) a que tenho estado sujeito...” e passei a pensar “... vá lá, o que te acontece, acontece-nos a todos. Os desafios não são coisas especiais reservadas só para ti...”

Percebi que a minha filosofia era como a vela de um barco. Quanto melhor a vela, melhor o barco andava. Quanto melhor a filosofia, melhor seria a minha vida.

Ao estudar a vida de pessoas de sucesso, percebi também que todas elas passavam por desafios iguais ou maiores que os meus. Aprendi, nessa altura, que o que fazia a diferença era a forma como elas reagiam a esses desafios. Aprendi que a vida é 10% aquilo que nos acontece e 90% aquilo que fazemos sobre isso.

Esse é exactamente o desafio da vida. Usar tudo o está à nossa disposição e, usando a nossa filosofia, transformar tudo isso em valor! E quando digo tudo, quero dizer absolutamente tudo. Mesmo aquilo que numa primeira abordagem nos parece uma tragédia.
O factor mais determinante, na forma como resulta e funciona a nossa vida, é a nossa filosofia. O verdadeiro teste de maturidade é exactamente assumir a responsabilidade de criar valor, com aquilo que a vida nos traz.

É através da nossa filosofia que podemos transformar a informação e as ideias que estão à nossa disposição em valor. É isso que nos torna diferentes dos animais. Estes só podem contar com os seus instintos. Quando inverno chega os patos só podem voar para o sul. Se o sul não estiver grande coisa... Azar... Nada mais se pode fazer... Mas nós não. Nós podemos desenvolver a nossa filosofia! E para isso temos de pensar. Temos de descobrir e processar ideias...

Percebi que alguns erros de julgamento feitos diariamente, teriam no longo prazo resultados dramáticos. Não é por fumar um cigarro que vou ficar doente. Não é por fumar um maço que vou ficar doente. Mas se fumar um maço por dia durante alguns anos, aí sim nada de bom poderá resultar. A questão é que, quando temos erros de julgamento, a vida não traz os maus resultados no imediato. Leva tempo. E embora nunca tivesse fumado, havia outros erros de julgamento que repetia diariamente. E eram esses erros que estavam a atrasar os meus sonhos. Se havia uma fórmula para o fracasso, haveria de ser esta. Alguns maus juizos repetidos diariamente.

Mas então o contrário haveria de ser a fórmula para o sucesso: algumas boas práticas repetidas diariamente, de forma disciplinada. Como diz o ditado americano “An apple a day, keeps the doctor away”. Ou seja a repetição disciplinada de uma boa prática trará, no longo prazo, um bom resultado.

A partir daí passei a ser grato por tudo aquilo que tenho. A ser grato por tudo o que a vida me trouxe. E, a partir dessa gratidão, a procurar as ideias, o conhecimento e os livros que me ajudassem a desenvolver a minha filosofia... E a minha vida nunca mais foi igual... Não voltei a culpar nada, nem ninguém e de repente e desde aí, comecei a viver os meus sonhos.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Pensar e sonhar criativamente

“Você é maior do que pensa! Pense à dimensão do seu real tamanho. Nunca feche por menos do que merece.”

David Schwartz

Quando somos crianças sonhamos livremente. Construímos mentalmente e com facilidade, alternativas fantásticas para o nosso futuro. Depois, à medida que vamos amadurecendo, vamos cristalizando uma série de convicções limitativas, que ao condicionar o nosso pensamento, passam também a condicionar o nosso futuro. Ao deixarmos de construir possibilidades mentalmente, eliminamos a possibilidade de as realizar.

A capacidade de sonhar e pensar criativamente torna-se assim uma das características fundamentais dos grandes Líderes.

A primeira regra para pensarmos criativamente é acreditar que as coisas podem ser feitas. Conheci alguém que, de cada vez que lhe diziam que alguma coisa não era possível e/ou não podia ser feita respondia sempre: “Eu sei que não é possível. Claro que não é. Mas se fosse? Como é que teríamos de fazer?... Como é que seria?...” E esta abordagem faz toda a diferença. Esta abordagem permite-nos pensar fora da caixa e ponderar todas as alternativas, até encontrar a forma de fazer as coisas. Há sempre uma solução. Já Aníbal dizia “Encontraremos o caminho, ou faremos um!”

Da mesma forma que quando não acreditamos em algo, a nossa mente encontra forma de provar que não é possível fazê-lo, quando acreditamos, esta acaba por encontrar uma forma de realizar.

Se nós deixarmos, a nossa cabeça encontra o caminho. E para nos convencermos de que é possível, devemos focar-nos nas soluções e nunca nos problemas. Da mesma forma, a utilização permanente de uma linguagem e postura física poderosas influenciarão de uma forma positiva a nossa atitude e consequentemente a nossa criatividade. Se mesmo assim tivermos dificuldades e necessitarmos de consubstanciar, de uma forma mais racional, a nossa atitude, podemos listar todas as razões pelas quais é possível… Mas devemos sempre acreditar!

Devemos sempre e também estar receptivos a todas as ideias. Por muito disparatadas que nos pareçam numa primeira abordagem, por vezes revelam-se interessantes quando as analisamos por uma segunda vez. Devemos ser progressistas e experimentar tudo o que for possível. Mesmo que as coisas nunca antes tenham sido feitas dessa forma. Todos os paradigmas devem ser questionados.

Ouvir o mais possível. Os grandes Líderes passam mais tempo a pedir conselhos que a dá-los. Os grandes Líderes monopolizam ouvir, enquanto muitos de nós monopolizam falar. Aprendemos muito mais a ouvir do que a falar. Não há limites para o que aprendemos a ouvir. Os grandes Líderes encorajam os outros a falar e escutam abertamente as suas opiniões. Reforçam positivamente todos os contributos.

Testar as nossas ideias sobre a forma de questões. Esta pode também ser uma boa forma de reflectir sobre os assuntos. Numa primeira fase assumir uma postura visionária e levantar todas as alternativas. Imaginar como é que poderia ser perfeito? Depois encontrar todas as falhas do nosso raciocínio e todos os buracos do nosso pensamento. E numa terceira fase assumir uma postura mais virada para a acção e desenhar um plano concreto. Repetir o processo quantas vezes for necessário.

Jim Rohn costuma referir-se ao tesouro das ideias, como o mais valioso que podemos encontrar. Caçar o tesouro das ideias. Sem procurar nem processar ideias pouco podemos realizar. E estas são altamente perecíveis. Se não as guardarmos e cuidarmos bem acabam por se perder. No que se refere às ideias há que nunca confiar na memória. Há que escrever. Há que as rever. Há que as cultivar. Há que as fertilizar… É assim que elas vão ganhando importância. É assim que vão ganhando dimensão. É assim que se vão materializando e dessa forma construindo o futuro que desejamos para nós.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Desculpite

Quando desejamos algo, devemos estudar o objecto do nosso desejo. Se desejamos o sucesso devemos estudar o sucesso. Se desejamos ter saúde, devemos estudar saúde. Se desejamos boas relações, devemos estudar relações. E assim sucessivamente...

É incrivel a quantidade de pessoas que deseja algo e não se dá nunca sequer ao trabalho de ler um livro sobre isso mesmo.


Há basicamente duas formas de aprendermos sobre um tema: Seguindo aquelas que se provaram antes boas práticas, ou pelo contrário estudando aquelas que se mostraram inefectivas noutras alturas...

Da mesma forma que a responsabilidade se tem mostrado, ao longo dos tempos, uma das principais características das gentes de sucesso, a desculpite tem sido identificada como uma das principais doenças que conduzem ao fracasso.

A mediocridade é cheia de razões!

Quando alguma coisa não nos corre bem, ou encontramos alguma dificuldade no caminho para os nossos objectivos, a última coisa que devemos fazer é encontrar uma desculpa ou justificação. Quando encontramos uma justificação, tendemos a ligar-nos a ela. À medida que a repetimos fertilizamo-la e fazemo-la crescer no nosso subconsciente. Enquanto ela cresce vai-se tornando verdadeira, pelo menos para nós, contagiando e toldando todas as nossas outras iniciativas e chegando a comprometer o objectivo. É o princípio do fracasso!

A desculpite apresenta várias variantes. A primeira dessas variantes é a desculpa da saúde. “A minha saúde não me permite”. Qualquer médico poderá confirmar que não existe o estado de saúde perfeita. Há sempre algo de errado com qualquer corpo. A diferença é que as pessoas de sucesso não pensam nisso. As pessoas de sucesso estão agradecidas pela saúde que têm (porque poderiam estar piores) independentemente do nível dessa saúde. As pessoas de sucesso recusam-se a focalizar a sua atenção na sua saúde e recusam-se mesmo a falar sobre ela. As pessoas de sucesso compreendem que é melhor usarem o que têm, enquanto têm.

A desculpa de inteligência é normalmente outra das que frequentemente é levantada. Aqui cabe-me fazer um ponto de ordem: Nós tendemos a subestimar a nossa inteligência e a sobrestimar a inteligência dos outros. O que verdadeiramente conta não é a inteligência que temos, mas a forma como a utilizamos. O que verdadeiramente conta é o pensamento e o sentido que guia essa inteligência. O que é facto é que existem pessoas brilhantes que nunca são bem sucedidas. Muitas vezes essas pessoas usam a sua fantástica inteligência exactamente para justificar porque não hão-de resultar as coisas. Nem o conhecimento é poder como muitas vezes ouvimos. O conhecimento é poder potencial. Ou seja só se torna poder quando cruzado com a acção. Só se torna poder quando aplicado. Por outro lado, todos nós conhecemos gente bem sucedida que está longe de ser genial.

A terceira desculpa tradicional é a desculpa da idade. Ou somos muito novos, ou somos muito velhos. Nunca estamos na idade ideal. Mas qual será a idade ideal?...Mas mais uma vez as pessoas de sucesso pensam na sua idade sempre de uma forma positiva. Se são novos pensam nas vantagens que isso lhes trás. A energia, a vantagem de começar mais cedo que os outros, a capacidade de pensarem fora da caixa e de ainda não saberem o que não é possvel... Se são mais maduros vêm as coisas da perspectiva da experiência, do conhecimentos adquirido, da probabilidade de errarem menos, da tranquilidade que a idade nos traz... As pessoas de sucesso focam-se apenas no tempo produtivo que têm pela frente e em tirar dele o maior retorno possivel. E acima de tudo, as pessoas de sucesso têm a noção clara, de que a capacidade de pensar é ainda e muito mais importante que a capacidade de armazenar factos.

A quarta mais usada desculpa do fracasso é a desculpa da sorte. E a desculpa da sorte não é mais do que a ignorância de lei de ferro do universo que é a lei da causa e efeito, também conhecida pela lei socrática da causalidade. Esta lei explica que tudo aquilo que acontece (efeito) tem explicação num outro acontecimento, ou sucessão de acontecimentos, a montante (causa). E que nada acontece por acaso. Tudo aquilo que acontece nas nossas vidas é resultado das decisões que tomamos. E que se queremos melhores resultados (efeitos), devemos procurar melhores decisões (causas).

Se queremos ser bem sucedidos, temos de parar de desejar. Devemos começar a acreditar e a actuar. É das decisões que tomamos e das acções que se lhes seguem que decorrem os resultados que temos na vida e como alguém disse um dia “Há inúmeras desculpas para o fracassso, mas nenhuma boa razão”

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Auto-estima

O primeiro segredo do sucesso é a auto-estima. A auto-estima nasce quando temos Amor dentro de nós e só aí sim temos condições de o dar aos outros.

O Amor é a semente da auto-estima. O Amor é aceitação incondicional e a procura dos pontos positivos. O Amor é o abandono do medo.

O medo é a destruição da auto-estima.

Já falámos de medo várias vezes. O medo é-nos incutido pelos nossos Pais, numa primeira fase e numa tentativa de nos protegerem e mais tarde é-nos reforçado pela sociedade, com principal relevo nas pessoas que mais gostam de nós.

Mesmo observando o sucesso de terceiros, a maior parte das pessoas não consegue imaginar o mesmo a suceder a si próprias. Resignam-se à mediocridade e ao fracasso. Desenvolvem o hábito de se focarem nos problemas, o reforço negativo do passado, projectando, dessa forma, desempenhos negativos para o futuro.

Porquê? Porque grande parte de nós teve Amor condicional na sua infância. Amor condicionado pelo comportamento. E como tal rege a sua vida por padrões de aceitação e rejeição que são definidos pelos outros... E o falhanço acaba por se cristalizar na sua auto-imagem!!!

Para liderar e amar sem medo, há que distinguir o desempenho do individuo. Nós somos aquilo que somos e não aquilo que fazemos. É por isso que somos seres humanos e não fazeres humanos. Para liderar e amar sem medo há que corrigir o comportamento protegendo e elogiando o individuo.

A chave da auto-estima é a auto-aceitação. Nós valemos a pena. Nós somos individuos imperfeitos em crescimento. Ainda que todos nasçamos com caraterísticas diferentes, todos temos legitimidade para aspirar à excelência tal como é definida pelos nossos padrões.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O Destino é Você Quem Faz

Saiu no último mês, no Brasil, o Livro "O Destino é Voçê Quem Faz", que tem vários textos da minha autoria. A saber "Moldando o Destino" (que é um medley de vários pequenos textos meus), "Padrões de Vida" e Qualidade de Vida".

Os nossos agradecimentos à Soler Editora pela publicação e divulgação da nossa mensagem.

Estamos ainda a trabalhar com a Soler, no sentido de escrever um livro, onde de uma forma estruturada, possamos apresentar as nossas ideias sobre a construção de uma vida melhor.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Preço do Sucesso

Já escrevi noutra alturas, que a minha vida mudou no dia em que alguém me disse: “Porque não defines o objectivo de te tornares Milionário? Não pelo dinheiro, mas pela pessoa em que te tornarás no processo”.

Quando se chega ao dinheiro pode-se dá-lo. O objectivo principal foi a pessoa em que nos tornámos no processo de enriquecimento. Quando se chega ao dinheiro pode-se dá-lo, porque já nos tornámos na pessoa que o pode voltar a ganhar.

A questão principal na vida não é o que estamos a ganhar, mas a pessoa em que nos estamos a tornar. A questão principal no trabalho não é quanto ganhamos, mas no que é que nos estamos a tornar. A questão principal nas relações, não são os nossos benefícios, mas no que estão essas relações a transformar-nos.

Devemos querer ser bem sucedidos na vida, acima de tudo pelas pessoas em que nos tornamos no caminho. Objectivos poderosos deverão tornar-nos pessoas poderosas!
Mas se há um lado positivo, também há um lado negativo… Como em tudo na vida… É o drama da vida… Luz e escuridão… Riqueza e pobreza… Saúde e doença… Oportunidades e ameaças…

“Cuidado com a pessoa em que te tornas, na busca do que queres! …” Disse-me também o meu Mentor. “Há um preço a pagar por tudo na vida, qual é o preço que estás disposto a pagar pelo teu sucesso?...”

Se o preço a pagar for trabalhar duro, um esforço extra, aumentar o nosso conhecimento, reunir outras pessoas em torno de um projecto, então tudo bem!... Mas se o preço for a traição, abandonar os nossos valores, sermos desleais, prejudicar os outros, perder o respeito dos que nos rodeiam, ou pior que isso o respeito por nós próprios… Então não está bem! Então esse é um preço que não vale a pena pagar!...
Não devemos abdicar da nossa ambição, mas devemos escolher que tipo de preço estamos dispostos a pagar por ela.

A Bíblia conta-nos a história de Judas, que ficou com o dinheiro. Uma pequena fortuna. Mas será essa uma história de sucesso? Não. Não me parece… Não me parece pela pessoa em que ele se teve de tornar, no processo de enriquecer. Como se sentiu Judas depois de ganhar o dinheiro?... Ficou feliz?... Como ficou a opinião dos outros sobre Judas? … Não só a dos seus pares, mas também de quem o subornou?... E como ficou a opinião de Judas sobre ele próprio?...

Define objectivos ambiciosos pela pessoa em que te tornarás no processo de os atingir, mas cuida do preço que estás disposto a pagar pelos objectivos que defines!

terça-feira, 11 de março de 2008

Vencer

“O Talento é barato e pode ser comprado. A atitude é o critério para o sucesso”

Denis Waitley

Ao longo da minha carreira, tenho encontrado nas pessoas essencialmente 3 diferentes tipos de atitude face à vida.

Tenho conhecido indivíduos que são principalmente espectadores. Pouco empreendem por medo e limitam-se a ir vivendo com aquilo que a vida lhes dá.

Tenho conhecido outros que me parecem o protótipo do perdedor. Gostavam de ter uma vida melhor, mas não querem assumir a responsabilidade de a construir. Assim tornam-se ressentidos e dedicam-se a encontrar pretextos para invejar e criticar os outros.

Mas tenho conhecido também Vencedores. E estes são os indivíduos que decidem tirar da vida aquilo que querem, por oposição a viverem com aquilo que esta lhes dá. Os Vencedores assumem a propriedade do seu futuro e decidem moldar o seu destino. Os Vencedores estabelecem objectivos e desenvolvem os seus talentos naturais no sentido de os atingirem.

Os Vencedores conhecem as suas limitações. Compreendem não só que muito lhes falta para aprender, mas também que todo o conhecimento é enviesado por todos os seus filtros pessoais. No entanto, esse facto não lhes diminui um apetite voraz pela aprendizagem, pelo crescimento e pelo desenvolvimento das suas competências. Esta gente tem noção da abundância de informação à sua volta e de que tudo o que necessitam para ser bem sucedidos pode ser aprendido. São honestos consigo próprios e em relação ao seu potencial e têm noção do esforço que devem fazer para atingir os seus propósitos. São naturalmente motivados.

Tal como um coral necessita de alguma agitação marítima para florescer, também os Vencedores compreendem que são as dificuldades que lhes saltam diariamente ao caminho que lhes permitem forjar a personalidade de que necessitam para serem bem sucedidos. Os Vencedores sabem relaxar e encarar os desafios de uma forma positiva, focando-se nas soluções. São esses mesmos desafios que aproveitam para desenvolver a resistência mental que lhes permitirá enfrentar desafios cada vez maiores. São esses desafios que lhes moldam o carácter. Não aceitam que seja o que acontece à sua volta que define as suas vidas e aceitam a responsabilidade de as desenhar ao decidir o que fazer com o que lhes acontece.

Os Vencedores sabem quem são e para onde vão!

Os Vencedores respondem em vez de reagir! Ou seja escolhem e decidem em consciência as acções a tomar face a cada estímulo e cada situação tendo o sucesso como motivação e fazendo o melhor uso dos seus recursos, ao invés de actuarem automática e epidermicamente ao meio envolvente na defesa do seu ego, guiados pela dúvida e pelo medo.

Os Vencedores têm auto-controlo. Têm auto-determinação! Os Vencedores fazem acontecer, enquanto os outros deixam que lhes aconteça. Os Vencedores são gente de acção. Acção hoje! Acção já! Gente com alto sentido de urgência… Gente que compreende que se dedicarem todo o seu empenho a uma tarefa, nada os impedirá de a realizar. Gente que compreende o conceito de concentração de poder, de focalização.

Estas pessoas desenvolvem fortes convicções de valor próprio e auto-confiança. Têm uma auto-estima elevada, concentram-se nos sucessos e encaram qualquer experiência menos boa como aprendizagem. Para eles o seu desenvolvimento pessoal é o programa de uma vida. Falam bem de si próprios a si próprios o que fortalece a imagem que fazem deles mesmos e que consequentemente reforça a qualidade do seu desempenho.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O que é o sucesso?

Apercebi-me recentemente de que tenho escrito e falado bastante sobre o sucesso, sem nunca ter tido a oportunidade de o definir. Ouvi, não há muito tempo, uma definição curiosa que o identificava como a possibilidade de ter todas as coisas que o dinheiro pode comprar, sem abdicar das que não pode. Resolvi reflectir um pouco mais, tendo chegado a uma reflexão mais profunda.

Imagino o sucesso como um diamante. Um perfeito diamante que vamos buscando e lapindando ao longos das nossas vidas e que deixaremos às gerações vindouras.

A ponta superior deste diamante seria a paz de espirito. A possibilidade de viver de uma forma perfeitamente equilibrada e em harmonia com os nossos valores convicções mais profundas. Livre de todos os medos. Livre de todas as angustias. Eliminando das nossas vidas tudo aquilo que nos causa algum tipo de stress ou más sensações.

A ponta deste diamante será depois sustentada, na sua metade superior, por três pilares.

O primeiro será a saúde, forma física e energia. Para que nos sintamos e pareçamos bem será fundamental assegurar este pilar. Para sentirmos a vitalidade que nos permite perseguir os nossos objectivos. Para sentirmos a alegria de estarmos vivos. Como é que isto se consegue?Acho que, no fundo, todos nós sabemos... Exercício físico, tranquilidade e uma alimentação cuidada, são seguramente os caminhos para este objectivo.

O segundo destes pilares será o estabelecimento de relacionamentos emocionais gratificantes. Um dos investimentos mais importantes das nossas vidas e de que, por vezes, nos esquecemos. As relações medem o nosso nivel de sucesso enquanto seres humanos, uma vez que são a explicação para grande parte das sensações que experimentamos, nomeadamente as de felicidade e infelicidade. Comecemos, em primeiro lugar, pelas pessoas que nos são mais próximas, como o nosso circulo familiar, passemos depois a um segundo nivel onde estarão as nossas amizades e a partir daí alargando a àrea de influência desse anel a novas pessoas.

O terceiro será a independência financeira. Ter o suficiente para que não tenhamos de nos preocupar com dinheiro o tempo todo. Não é o dinheiro que é a origem de todos os males. É sua a falta que é a origem de todos os males! Mas o que é independência financeira? Será a nossa capacidade de viver, confortavelmente, dos rendimentos gerados pelos activos que detemos. Ou seja, nem precisarmos de trabalhar para viver, nem estarmos a consumir a riqueza que antes criámos. Grande parte do stress, ansiedade e preocupações que experimentamos nos dias de hoje são causados pela falta de dinheiro. Dessa forma, sem dinheiro não temos paz de espírito, boas relações e nem sequer saúde.

Descendo para a segunda metade do nosso diamante, teremos um primeiro nivel onde encontraremos valores, ideais e objectivos válidos. A vida não vale a pena se não tivermos uma direcção. Se não tivermos algo por que lutar, algo que defender, algo que passar aos outros. O que é que dá sentido às nossas vidas? O que é que nos faz felizes?

Finalmente, na ponta de baixo do diamante, a realização pessoal. E este é mais um conceito que normalmente temos dificuldade em definir. Para mim realização pessoal é a convicção de que somos a melhor pessoa que podemos ser. De que estamos a aproveitar ao máximo o nosso potencial. De que temos razões para nos sentirmos orgulhosos de nós próprios.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Felicidade

Tendemos a conotar a felicidade com o atingimento de determinados objectivos. Mas quando os atingimos percebemos, recorrentemente, que a felicidade não se encontra aí.
Onde vamos não é importante, se quando chegamos continuamos a ser a mesma pessoa que partiu. O que temos também não faz a diferença, porque há sempre mais coisas para querer.

Até que sejamos felizes com quem somos, não encontraremos a felicidade em qualquer outra coisa.

Divertimento e prazer são sensações que experimentamos durante um acto ou evento. A felicidade é o que sentimos fora dessas experiências. Antes ou depois. Antes e depois. A felicidade é uma atitude.

Tal como o sucesso, a felicidade não é um destino, mas uma viagem. A felicidade é algo por que nos esforçamos individualmente, não algo que dependa do que nos acontece, ou do que outros possam fazer por nós, ou em relação a nós.

A nossa felicidade depende unicamente de nós. Para sermos felizes há que assumir a responsabilidade da nossa própria felicidade.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Como mudar!

Tenho como verdadeiro que aquilo que temos na nossa vida e não estou a referir-me apenas a aspectos materiais, mas também a tudo o mais que se passa à nossa volta, decorre directamente das nossas práticas, que por sua vez decorrem da nossa própria identidade.

Assim, para ter mais e melhor do que tenho hoje, tenho de me tornar mais e melhor do sou hoje também. Posso então concluir que o meu processo de desenvolvimento pessoal tem um impacto directo e imediato na minha qualidade de vida.

A não ser que eu mude quem sou, continuarei a ter os resultados que sempre tive. Continuarei a ter a vida que sempre tive. E por bom ou mau que isto seja, se quero que a minha vida melhore não haverá outro caminho que não seja alterar o meu comportamento, o que normalmente é antecedido de uma mudança na minha pessoa.

Espanta-me a quantidade de pessoas que vejo diariamente a fazer exactamente as mesmas coisas, a insistir nos mesmos comportamentos e a esperar que a vida lhes traga resultados diferentes. Se fizermos o que sempre fizemos, obteremos os mesmo resultados que sempre obtivemos. Se há alguma área das nossas vidas com que não estejamos totalmente satisfeitos, há que compreender rapidamente que foram as nossas acções nessa área que conduziram a esse resultado. Qual será a reflexão que devo então fazer, sobre a forma como têm evoluído as minhas relações? Qual será a reflexão a fazer sobre os meus resultados financeiros e aos meus rendimentos? O que é que se passará em relação à minha forma física e saúde? E a minha carreira? E o meu estado de espírito? E os meus níveis de realização pessoal? Ao fim e ao cabo fazer repetidamente a mesma coisa e esperar um resultado diferente, é provavelmente a definição exacta de insanidade.

Mesmo que a vida e o acaso nos tragam, por vezes, resultados que excedam o nosso desenvolvimento pessoal e isso raramente acontece, será difícil essas condições serem mantidas ao longo do tempo exactamente porque não são sustentadas pela nossas qualidade pessoal e intrínseca. Por isso é que a esmagadora maioria das pessoas que ganha a lotaria, ou o totoloto, passado pouco tempo voltaram outra vez às mesmas condições de vida... Por isso é que alguns de nós não conseguem manter relações... Por isso é que outros têm permanentemente insucesso nos negócios... Por isso é que temos dificuldade em manter a nossa forma física... Para obter resultados permanentes, as nossas mudanças devem ser também permanentes. Para obter um diferente resultado, devo tornar-me numa pessoa diferente!

A maior parte de nós vive a vida pela síndrome do Niagara. Somos apanhados pela corrente, sem termos um plano próprio e objectivo e gerimos a vida pelo expediente. Problemas correntes, desafios correntes, relações correntes, questões correntes... E um dia apercebemo-nos de que estamos à beira das cataratas num barco sem remos... “...BOLAS!...” A queda é inevitável... E a queda terá, para cada um, uma forma diferente. Uma ruptura financeira, uma relação que acaba, um problema de saúde...

Como mudar então?... Assumir a responsabilidade e como diz Jim Rohn “...trabalhar (ainda) mais duro em nós próprios do que o fazemos no nosso trabalho!”

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Resultados

Tenho tido recentemente a oportunidade de refectir, com algumas pessoas com quem trabalho, sobre aquilo que nos permite atingir determinadas realizações. Ou seja, como aparecem os resultados na nossa vida.

A maior parte das pessoas a quem pergunto como desenvolvem os seus niveis de confiança, responde-me que esta vem dos resultados. Isto faz-me sempre alguma confusão pois, não vejo como hão-de aparecer resultados se não estivermos antes confiantes. Estamos então tentados a caír num ciclo vicioso. Não temos resultados porque não temos confiança e não temos confiança porque não temos resultados.

Na minha opinião a confiança tem de aparecer antes dos resultados. Assumirmos esta responsabilidade dá-nos o controlo sobre o nosso futuro, por oposição a deixá-lo entregue à sorte agreste, daquilo que o acaso nos trouxer. Um indivíduo confiante atingirá resultados e isso parece-me claro.

Onde vamos então buscar essa auto-confiança?... Respondo com outra pergunta... Qual é a principal característica dos Indivíduos confiantes?... Acredito eu que é a auto-estima. Alguém que gosta de si próprio, confia nas suas capacidades, como tal desenvolverá a auto-confiança de que necessita, para atingir os resultados a que se propõe.

E a auto-estima?... Onde a encontraremos então?... Será que é a olharmos para o espelho diariamente, a pensar quão fantásticos tivemos a felicidade de nascer?... Será que é sentados todo o dia à nossa secretária?... Não me parece! Parece-me que nos orgulhamos de nós próprios, quando estamos satisfeitos com a quantidade e qualidade da nossa acção. Parece-me que gostamos de nós próprios, quando sentimos que não demos menos do que o nosso melhor. A auto-estima nasce então da acção. Ou seja da disciplina de fazer aquilo que sabemos que temos de fazer, com o nosso máximo empenho. Ou dito de outra forma, a auto-estima vem da auto-disciplina.

Será este então o caminho para os resultados. Se nos auto-disciplinarmos diariamente estamos a construir a nossa auto-estima, que resultará na auto-confiança de que necessitamos para atingir os resultados que queremos.

Gostaria ainda de sublinhar o facto, de que todas estas coisas se encontram dentro de nós. Auto-disciplina, auto-estima, auto-confiança e (auto-) resultados. Quero com isto dizer que nada daquilo que nos acontece é determinado pelo meio envolvente. Tudo é determinado por nós pela nossa atitude e por aquilo que fazemos!...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O Poder Ilimitado dos Objectivos

O Poder ilimitado dos Objectivos.

Estamos no prinicípio do ano e nenhuma altura será mais adequada que esta, para reflectir sobre objectivos.

Os objectivos são o que motiva as pessoas.

Os resultados que obtemos na vida, raramente ultrapassam o nosso desenvolvimento pessoal. Muito estudos tem sido feitos sobre sucesso e realizações e todos eles parecem apontar nesta mesma direcção. Obter determinado nivel de resultados, está aparentemente reservado para quem tem um determinado nivel de conhecimentos, competências e atitude, que sustentam e dão corpo a esses mesmos resultados.
Quando não estamos então contentes com os nossos resultados, a nossa reflexão deverá dirigir-se à nossa identidade. O que será que nos falta ainda para obter resultados de outra dimensão?

Se crescemos então no sentido de materializar determinado tipo de resultados, isto significa que crescemos até ao limite dos nossos objectivos. Ou seja, crescemos até realizar aquilo que perspectivamos.

Na nossa sociedade somos levados a pensar, que os nossos objectivos serão ter uma familia, um emprego, uma casa, um carro e eventualmente passar férias uma ou duas vezes por ano em qualquer sítio que nos agrade. Dependendo das referências que tenhamos à nossa volta, ou seja das pessoas que nos são mais próximas e dos seus hábitos, estabelecemos, dentro destas balizas, o nível de cada uma destas coisas para que nos posicionamos. E de uma maneira ou de outra, com mais ou menos sucesso, é isto que atingimos. Nem mais, nem menos... Os nosso objectivos não são marcados de uma forma activa e consciente, mas sim por defeito e de forma absolutamente passiva. Crescemos e vivemos até nos equipararmos aos nossos pares.

Ao actuarmos desta forma, tomamos a opção de fechar por menos do que merecemos...Ao actuarmos desta forma, tomamos a opção de viver abaixo do nosso potencial!
Mas onde é que estou a querer chegar?...

De uma forma muito simples e directa, à conclusão de que, ao definirmos os nossos objectivos com base no meio envolvente, estamos também a definir as nosas limitações. Ou seja, não há pessoas limitadas! O que há são objectivos pouco poderosos. A nossa habilidade cresce até estar ao nivel dos nossos objectivos.
A verdadeira razão de ser dos objectivos é transformarem-nos em melhores pessoas. Alguém me disse um dia: “ Faz-te Milionário! Não pelo dinheiro, mas pela pessoa em que te tornarás no processo!” Quer dizer, o teu crescimento pessoal e a tua capacidade de trazer valor à sociedade acompanharão esse objectivo.

Todos nós temos sonhos!... Poucos estamos dispostos a fazer o necessário para os vivermos. Poucos estamos dispostos a sair da nossa zona de conforto, para os transformar em objectivos. É exactamente quando transformamos os nossos sonhos em objectivos bem definidos, que damos o primeiro e mais importante passo, no sentido de os realizar. No sentido de nos compromentermos com um determinado crescimento, enquanto seres humanos.

Objectivos bem definidos são como imans vivos. A nossa mente funciona como um míssil telecomandado, assim que selecciona um alvo nada a pode parar.

À clara definição dos objectivos, deverá seguir-se a identificação das razões pelas quais esses objectivos são importantes. Como costumo dizer, quando os porquês são poderosos, os comos aparecem com muita facilidade. Estes porquês dão-nos a motivação e a atitude necessárias. Para alguns de nós podem ser o reconhecimento, para outros o sentido de realização, para outros ainda a familia ,e alguns encontrarão mesmo motivos benevolentes. Não importa qual a nossa razão, o que importa é encontrá-la. O que é que nos pode conduzir a estar no nosso melhor?...

E, para terminar, acção massiva! Nada acontecerá se não nos dispusermos a pôr mãos à obra. Não podemos mudar a nossa vida só por aprender e planear (embora também seja dificil sem o fazer). A única forma de mudar a nossa vida é pela acção que tomamos. Como alguém disse antes “ O mais importante não é aquilo que sabemos, é o que fazemos com aquilo que sabemos”

Bom ano de 2008!