terça-feira, 22 de novembro de 2011

Saber esperar


Espanta-me a quantidade de pessoas que vejo diariamente a fazer exactamente as mesmas coisas, a insistir nos mesmos comportamentos e a esperar que a vida lhes traga resultados diferentes. Se fizermos o que sempre fizemos, obteremos os mesmo resultados que sempre obtivemos. Se há alguma área das nossas vidas com que não estejamos totalmente satisfeitos, há que compreender rapidamente que foram as nossas acções nessa área que conduziram a esse resultado. Qual será a reflexão que devo então fazer, sobre a forma como têm evoluído as minhas relações? Qual será a reflexão a fazer sobre os meus resultados financeiros e aos meus rendimentos? O que é que se passará em relação à minha forma física e saúde? E a minha carreira? E o meu estado de espírito? E os meus níveis de realização pessoal? Ao fim e ao cabo fazer repetidamente a mesma coisa e esperar um resultado diferente, é provavelmente a definição exacta de insanidade.

Mesmo que a vida e o acaso nos tragam, por vezes, resultados que excedam o nosso desenvolvimento pessoal e isso raramente acontece, será difícil essas condições serem mantidas ao longo do tempo exactamente porque não são sustentadas pela nossas qualidade pessoal e intrínseca. Por isso é que a esmagadora maioria das pessoas que ganha a lotaria, ou o totoloto, passado pouco tempo voltaram outra vez às mesmas condições de vida... Por isso é que alguns de nós não conseguem manter relações... Por isso é que outros têm permanentemente insucesso nos negócios... Por isso é que temos dificuldade em manter a nossa forma física... Para obter resultados permanentes, as nossas mudanças devem ser também permanentes. Para obter um diferente resultado, devo tornar-me numa pessoa diferente!

Por isso é também fundamental compreender, que o universo e para nossa protecção, está equipado com um mecanismo de adiamento dos efeitos. Quero com isto dizer que, da mesma forma que os maus juízos que fazemos não nos são imediatamente fatais, também as boas práticas necessitam de ser repetidas de forma consistente ao longo do tempo, antes de nos trazerem resultados. Não fico magro e saudável por ir uma vez ao ginásio, da mesma forma que o feijoeiro não nasce no dia em que planto o feijão.

Ainda assim uma das maiores doenças do mundo ocidental é a irresponsável obsessão pela gratificação imediata. Uma das causas para que as economias dos Países Asiáticos estejam cada vez mais competitivas, é o facto de não terem o mesmo nível de orientação para o curto prazo que nós temos.

Por todas estas razões acredito que só uma séria mudança de mentalidade nos poderá conduzir e mais uma vez no longo prazo, que já agora é o único que interessa, a melhores e mais consistentes resultados.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os seus objectivos são mesmo a sério?


Conto com alguma frequência, nomeadamente nos meus workshops, um episódio que se passou comigo e que foi extraordinariamente marcante.

Eu tinha 28 anos e posso precisar isso porque a minha filha tinha acabado de nascer. Trabalhava num Banco, com responsabilidades na área comercial e um dia enquanto discutíamos os objectivos para uma campanha que íamos lançar, o Director de Marketing, alguém que com o tempo aprendi a considerar como uma das pessoas mais sensatas que alguma vez conheci, colocou um determinado objectivo em cima da mesa. Não me recordo do número com exactidão mas sei que era muito grande. Muito mais do que normalmente estávamos habituados a fazer. E nessa altura, sem sequer reflectir, saiu-me um desabafo: “Manuel, o meu amigo está louco!” E sem pestanejar o Manuel retorquiu: “Ouça, se a vida da sua filha dependesse da realização deste objectivo... Eu continuava a ser louco?”

Fez-se silêncio absoluto. Nem balbuciei nenhum tipo de resposta... Percebi que o meu amigo me estava a dar uma das maiores lições da minha vida.  A questão não era a dimensão do objectivo. A questão prendia-se, em absoluto, com os recursos pessoais que eu estava disposto a investir nesse propósito, bem como com o sentido de urgência com que eu iria encarar a situação.

É isto que fazem por nós os objectivos de verdade. Dão-nos uma direcção em que mobilizamos a totalidade dos nossos recursos e do nosso sentido de urgência: total concentração de poder!

E é por isto que as pessoas mais bem sucedidas são fanáticos da definição de objectivos. Muitas vezes sem sequer se aperceberem disso.  Mas esta é a única forma que nós seres humanos temos de mobilizar todos os nossos recursos.

São estes objectivos que nos trazem a resiliência de que necessitamos quando chegar a frustração. Porque essa, eu prometo, vai estar sempre presente. Em tudo o que empreendemos há uma altura em que a frustração aparece. E esse é também o momento decisivo: o momento em que devemos decidir se desistimos ou persistimos. E para persistir quando as coisas estão mesmo difíceis precisamos dos objectivos. E têm de ser grandes... Grandes!... GRANDES!!!

Não são objectivos pequenos que nos vão dar a resistência à prova de bala de que necessitamos quando as dificuldades aparecerem. Não são objectivos pequenos que nos farão atravessar um muro quando for necessário. Têm de ser grandes! Enormes! Gigantes!!!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A fórmula do sucesso!


Jim Rohn falava com frequência na fórmula para o sucesso. Impressionado pela sua simplicidade, bem como pelo seu brilhantismo, tenho alguma dificuldade em falar em público sem a referir.

Uma das questões mais básicas do sucesso prende-se com a nossa capacidade de agir. Até que levantemos o rabo da cadeira e façamos qualquer coisa nada vai acontecer.

Nas palavras de Jim Rohn tudo parece muito simples. A fórmula do sucesso é simples, mas para a percebermos temos também de compreender a fórmula do fracasso. Para compreendermos o que nos aproxima de ser bem-sucedidos temos antes de perceber o que nos afasta desse sucesso.

Vamos imaginar que preciso de comer qualquer coisa rapidamente entre reuniões e que não quero ter surpresas. Claro está, vou comer um Hambúrguer. E por mais 20 cêntimos talvez me proponham uma cola grande e uma dose grande de batatas fritas. Se me pesar depois de comer o hambúrguer, vou estar mais pesado? Claro que não! Então amanhã posso voltar a comer outro, verdade? E no dia a seguir... e no outro... e por aí fora...

Não, pois não? Se repetir diariamente esta prática, ou este juízo, pesar mais vai ser o menor dos meus problemas, porque o resultado pode ser absolutamente dramático. A fórmula do fracasso será então e nas palavras do mestre “alguns maus juízos repetidos ao longo do tempo”.

E agora sim estamos prontos para a fórmula do sucesso. “Algumas práticas simples repetidas diariamente de forma disciplinada”. É quando substituímos o tal hambúrguer, por uma sopa de legumes, uma salada e uma peça de fruta, que entramos no novo caminho do qual vão aparecer os resultados que esperamos. E por isso dizemos que são práticas simples. Toda a gente sabe! Não há nada de complexo em ser bem sucedido. Apenas há que seguir um caminho simples e que a maior parte de nós até sabe qual é.

Warren Buffet costuma dizer que na vida e nos negócios são as coisas simples que produzem resultados extraordinários. E complementa que o grau de dificuldade não conta e que por isso o sucesso não tem nada a ver com o QI, mas sim com o nosso bom senso. O bom senso de distinguir as disciplinas simples dos maus juízos.

E porquê diariamente? Perguntará o leitor... Porque é aquilo que fazemos diariamente, aquilo que fazemos de forma consistente, ou sejam os nossos hábitos, que nos trazem verdadeiros resultados. Não é por passar 7h de seguida no ginásio que posso justificar uma semana inteira sem lá ir!...
“Práticas simples repetidas diariamente de forma disciplinada.” E assim se trilha o caminho do sucesso!...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Optimismo: a 3ª chave do sucesso.


Praticamente todos os trabalhos e estudos que li sobre sucesso, apontam o optimismo como uma das principais características dos indivíduos bem sucedidos. E falo de optimismo não no sentido de esperar que as coisas lhes corram bem independentemente daquilo que fazem, ou de manter esperanças de que a sorte os bafeje e os seus desafios acabem por se ver resolvidos, mas sim de esperar bons resultados da sua acção deliberada.
Muitas vezes vejo pessoas justificarem a razão de marcarem objectivos baixos para si próprios com a justificação de serem realistas. Creio que muito de nós confundem realismo com pessimismo. Realismo é conhecer a realidade. Hoje! Tal e qual ela é! Nem melhor nem pior. Optimismo é acharmos que amanhã pode ser melhor. E sim, estou absolutamente convicto que essa é uma característica dos Vencedores. Acreditar profundamente que o amanhã pode ser melhor.
O optimismo passa pela compreensão de que a vida é uma auto-profecia. Aquilo que esperamos, com convicção, é aquilo que acabamos por ter. E isto não acontece por nenhuma razão esotérica, mas porque o nosso subconsciente acaba por encontrar na realidade forma de as nossas expectativas se realizarem.
As pessoas bem sucedidas são optimistas. As pessoas bem sucedidas esperam que as coisas lhes corram bem e elas correm.

Os Optimistas vêem o futuro e agem! Só os Optimistas agem energicamente com elevado sentido de urgência. Só os optimistas persistem até que os resultados cheguem. Colocam-se na fila e ficam na fila porque sabem que a sua vez vai chegar.

Os indivíduos bem sucedidos são optimistas, porque os únicos jardins que são regados são os que sabemos que vão crescer. Por isso os Optimistas cuidam dos seus projectos até que estes floresçam.

A fundação das suas realizações é a gratidão. Focam-se nos aspectos positivos. Compreendem que independentemente dos seus desafios, são uns felizardos por tudo aquilo que a vida lhes proporciona. O sol, a chuva, a terra e a semente. Compreendem que só depende deles processar as dádivas da natureza e da sociedade e com isso criar valor.

Sabem que o medo paralisa e atrofia. E sabem que tudo o que procuram está fora da sua zona de conforto. Têm noção de que tudo o que querem está do lado contrário do medo.

Os Optimistas não têm problemas. Têm desafios! Têm a clara noção de que hão-de os ter sempre e de que o objectivo na vida não é deixar de os ter. O seu objectivo é de que os seus desafios tenham cada vez mais qualidade. Sejam cada vez mais sofisticados. O único sítio onde há pessoas sem desafios é no cemitério!

A Gratidão é a Mãe da Fé, que por sua vez é a Mãe do Optimismo, que é o Pai da Perseverança. A Perseverança é a Mãe do sucesso, porque a única forma de verdadeiramente fracassar é desistir!