As convicções
começam com uma ideia da mesma forma que uma semente é uma ideia de uma árvore.
A partir do momento em que essa ideia é gerada, começamos a encontrar na
realidade referências que suportem essa ideia da mesma forma que uma semente
começa a criar raízes. Esta é a parte perigosa, uma vez que o nosso cérebro tem
a capacidade de encontrar na realidade tudo aquilo em que se foca, ao apagar da
sua atenção tudo aquilo que não está em conformidade com as suas referências.
À medida que
vamos encontrando estas referências, vamos criando uma crença, da mesma forma
que ao adquirir raízes a semente procura o ar e o sol e evolui para uma planta,
sendo que o processo evolui neste sentido e à medida que mais referências vão
reforçando a nossa crença até que esta se transforme numa convicção, tal como a
planta se transforma numa árvore. Tal como essa árvore dá frutos, também nós
colhemos os frutos (bons ou maus) das nossas convicções.
O primeiro
tipo de convicções que nós temos são generalizações e são verbalizadas
geralmente com afirmações como “A vida é…”,
“As pessoas são…”, “Eu sou…”. As segundas, sobre a
forma de regras, são normalmente verbalizadas como “Se… então…”. A questão fundamental é que sejam
elas quais forem, tornam-se na nossa realidade. Porque as nossas decisões e,
consequentemente, acções, estão directamente ligadas ao que nós temos como
verdadeiro.
As nossas
convicções têm virtualmente o poder de criar ou destruir. As nossas convicções são o que faz a diferença
entre uma vida gratificante e uma de miséria.
O poder das
convicções é de tal forma forte que em casos de doentes com disfunções de
personalidade têm sido observadas alterações físicas significativas, como o
aparecimento e desaparecimento de determinados sinais, ou a mudança da cor dos
olhos e mesmo o aparecimento e desaparecimento de doenças como as diabetes, de
acordo com a personalidade que o doente acredita que está, nessa altura, no
controlo.
Há então
convicções que nós temos e que são poderosas no sentido de nos aproximarem do
que pretendemos atingir e outras que são limitadoras uma vez que nos afastam
disso mesmo. Como é que poderei ser rico se tiver uma convicção de que o
dinheiro é mau, ou de que os ricos são desonestos? Mas se, pelo contrário, eu
tiver a convicção de que o dinheiro é das melhores coisas da vida, pela
contribuição que me permite fazer na sociedade e acreditar também que todos
podem aceder à riqueza, desde que modelem a forma como outros antes o fizeram e
ainda de que grande parte dos multimilionários são indivíduos cuja integridade
está acima de qualquer suspeita, aí sim eu começo a criar condições para
principiar a criar riqueza.
Nós começamos,
de facto, a assumir o controlo da nossa vida a partir do momento em que
começamos a assumir o controlo das nossas convicções. E esse é o momento em que
começamos a questioná-las e, acima de tudo, a assumir a responsabilidade de
substituir as limitadoras pelas poderosas.