terça-feira, 20 de dezembro de 2011

aproveitar o seu tempo


Costumo explicar a diferença entre tempo horizontal e tempo vertical.
Tempo horizontal é tempo de construção. É tempo em que devemos respeitar um determinado ciclo para termos os resultados que pretendemos.  É o tipo de tempo que devemos considerar para, por exemplo, cultivar alguma coisa.
Correndo o risco de ser pouco preciso, dados os meus limitados conhecimentos agrícolas, vamos imaginar que quero semear 10 alfaces. Partindo do princípio que estas levam 30 dias a crescer e que sendo apenas 10 eu me posso limitar a dedicar 5 m por dia a cuidar delas. Apenas o tempo necessário para regar, tirar as ervas daninhas e alguma lagarta que por lá ande... Ora 30 dias vezes 5 m são 150 m no total que devo dedicar a esta tarefa. Mas isso não significa que eu posso aplicar os 150 m  de uma só vez e comer as alfaces ainda hoje. Há um ciclo que deve ser respeitado para criar alguma coisa de valor. É esse tempo horizontal que devo dedicar à minha empresa para poder construir um negócio de valor. Há um ciclo a ser respeitado.
Já tempo vertical é tempo de emergência. Imaginem que acordo de manhã e tenho a noção de que um incêndio se aproxima ameaçadoramente da minha casa. Ligo para os bombeiros e do quartel dão-me duas alternativas. Ou mandam 2 homens trabalhar no incêndio meia hora por dia durante dois meses, ou podem mandar já uma equipa de 100 com uma série de recursos que vão trabalhar até o dito incêndio estar extinto. A escolha é fácil verdade? Como se trata de uma situação de emergência eu vou escolher a segunda alternativa. Ou seja a utilização de tempo vertical. A questão é que este tempo serve para resolver situações de crise e não para construir qualquer coisa.
Quando estamos envolvidos essencialmente com as actividades do dia-a-dia acabamos por parecer essencialmente bombeiros. Passamos o tempo a apagar fogos, saltando de tempo vertical, em tempo vertical, acabando por passar muito pouco tempo no tal tempo horizontal, que é o tempo de desenhar a planear a nossa vida. O tempo de pensar! De construir. Respeitando o ciclo de longo prazo a que essa mesma construção obriga.
A nossa qualidade de vida decorre directamente da forma como aproveitamos o nosso tempo. As pessoas bem-sucedidas não têm mais horas disponíveis no dia do que a maioria de nós. As pessoas bem-sucedidas escolhem melhor o que fazer com as horas que têm disponíveis no seu dia.
As pessoas bem-sucedidas investem mais do que as outras no tempo horizontal.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Muito se fala de motivação!


 A motivação é a energia que coloca o nosso optimismo em acção e nos permite assumir o controlo do estado mental que nos conduz à acção. Os vencedores são guiados pelo desejo.
Nós tornamo-nos naquilo em que pensamos a maior parte do tempo e somos motivados sobretudo pelos nossos pensamentos constantes.
Positiva ou negativamente, todos nós somos motivados. Até uma decisão de não fazer nada é originada por algum tipo de motivação. A motivação é a força interior que nos impele a agir e que nos move em direcção a algo ou, pelo contrário, no afastamento em relação a alguma coisa.
A motivação não é um processo exterior a cada um de nós. Ainda que determinadas situações, histórias ou discursos nos possam trazer inspiração, para que a mudança seja de longo prazo e a motivação constante, temos de querer, aceitar e interiorizar esses sentimentos.
Existem, essencialmente, duas emoções ligadas ao nosso processo de motivação: o medo e o desejo. O medo tem ligação directa a uma das nossas maiores motivações na vida que é a de evitar a dor, enquanto o desejo se liga à segunda motivação principal que todos temos e que é a de nos aproximarmos do prazer. Tudo o que fazemos na vida, absolutamente tudo, visa afastar-nos da dor e/ou aproximar-nos do prazer.
O medo é uma emoção normalmente destrutiva. O medo é a repetição mental das memórias de más experiências e tende a estar focalizado no nosso passado.
Já o desejo olha ao futuro e apela às memórias de sucessos passados que queremos repetir. É por isso que as pessoas de sucesso se focam normalmente nas recompensas enquanto a maior parte de nós se foca nas penalizações do fracasso.
Por isso o sucesso não está reservado para os que são naturalmente talentosos, mais inteligentes ou que nasceram numa família mais abastada. O sucesso depende da nossa capacidade de nos auto-motivarmos a agir. 
Então o sucesso é um hábito... tal como o fracasso.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Está céptico?


Numa das minhas empresas, tenho o privilégio de falar com centenas de pessoas que estão a ponderar fazer uma mudança de vida e montar o seu próprio negócio... E o que é curioso é que ainda que estejam a considerar essa possibilidade, a maior parte delas fazem-no de uma posição de cepticismo. Ao ponderar a mudança de uma perspectiva de cepticismo, focam-se em encontrar todas as razões para não avançar. Como o nosso cérebro, através do seu sistema de activação reticular, tem a capacidade de encontrar na realidade, todas as referências que comprovem um determinado ponto de vista, uma parte importante conclui que, invocando uma razão ou outra, não é uma boa ideia.

Nós não somos cépticos. Somos medrosos. Não é preciso ter coragem para ser céptico. A nossa vida muda, no momento em tomamos a decisão de que o nosso futuro não tem de ser igual ao nosso passado. No momento em que decidimos encontrar um sistema simples para começar e procurar o nosso caminho a partir daí. Nesse dia decidimos ser bem sucedidos e que nada nos pode parar.

Os Vencedores respondem em vez de reagir! Ou seja escolhem e decidem em consciência as acções a tomar face a cada estímulo e cada situação tendo o sucesso como motivação e fazendo o melhor uso dos seus recursos, ao invés de actuarem automática e epidermicamente ao meio envolvente na defesa do seu ego, guiados pela dúvida e pelo medo.

Os Vencedores têm auto-controlo. Têm auto-determinação! Os Vencedores fazem acontecer, enquanto os outros deixam que lhes aconteça. Os Vencedores são gente de acção. Acção hoje! Acção já! Gente com alto sentido de urgência… Gente que compreende que se dedicarem todo o seu empenho a uma tarefa, nada os impedirá de a realizar. Gente que compreende o conceito de concentração de poder, de focalização.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Saber esperar


Espanta-me a quantidade de pessoas que vejo diariamente a fazer exactamente as mesmas coisas, a insistir nos mesmos comportamentos e a esperar que a vida lhes traga resultados diferentes. Se fizermos o que sempre fizemos, obteremos os mesmo resultados que sempre obtivemos. Se há alguma área das nossas vidas com que não estejamos totalmente satisfeitos, há que compreender rapidamente que foram as nossas acções nessa área que conduziram a esse resultado. Qual será a reflexão que devo então fazer, sobre a forma como têm evoluído as minhas relações? Qual será a reflexão a fazer sobre os meus resultados financeiros e aos meus rendimentos? O que é que se passará em relação à minha forma física e saúde? E a minha carreira? E o meu estado de espírito? E os meus níveis de realização pessoal? Ao fim e ao cabo fazer repetidamente a mesma coisa e esperar um resultado diferente, é provavelmente a definição exacta de insanidade.

Mesmo que a vida e o acaso nos tragam, por vezes, resultados que excedam o nosso desenvolvimento pessoal e isso raramente acontece, será difícil essas condições serem mantidas ao longo do tempo exactamente porque não são sustentadas pela nossas qualidade pessoal e intrínseca. Por isso é que a esmagadora maioria das pessoas que ganha a lotaria, ou o totoloto, passado pouco tempo voltaram outra vez às mesmas condições de vida... Por isso é que alguns de nós não conseguem manter relações... Por isso é que outros têm permanentemente insucesso nos negócios... Por isso é que temos dificuldade em manter a nossa forma física... Para obter resultados permanentes, as nossas mudanças devem ser também permanentes. Para obter um diferente resultado, devo tornar-me numa pessoa diferente!

Por isso é também fundamental compreender, que o universo e para nossa protecção, está equipado com um mecanismo de adiamento dos efeitos. Quero com isto dizer que, da mesma forma que os maus juízos que fazemos não nos são imediatamente fatais, também as boas práticas necessitam de ser repetidas de forma consistente ao longo do tempo, antes de nos trazerem resultados. Não fico magro e saudável por ir uma vez ao ginásio, da mesma forma que o feijoeiro não nasce no dia em que planto o feijão.

Ainda assim uma das maiores doenças do mundo ocidental é a irresponsável obsessão pela gratificação imediata. Uma das causas para que as economias dos Países Asiáticos estejam cada vez mais competitivas, é o facto de não terem o mesmo nível de orientação para o curto prazo que nós temos.

Por todas estas razões acredito que só uma séria mudança de mentalidade nos poderá conduzir e mais uma vez no longo prazo, que já agora é o único que interessa, a melhores e mais consistentes resultados.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os seus objectivos são mesmo a sério?


Conto com alguma frequência, nomeadamente nos meus workshops, um episódio que se passou comigo e que foi extraordinariamente marcante.

Eu tinha 28 anos e posso precisar isso porque a minha filha tinha acabado de nascer. Trabalhava num Banco, com responsabilidades na área comercial e um dia enquanto discutíamos os objectivos para uma campanha que íamos lançar, o Director de Marketing, alguém que com o tempo aprendi a considerar como uma das pessoas mais sensatas que alguma vez conheci, colocou um determinado objectivo em cima da mesa. Não me recordo do número com exactidão mas sei que era muito grande. Muito mais do que normalmente estávamos habituados a fazer. E nessa altura, sem sequer reflectir, saiu-me um desabafo: “Manuel, o meu amigo está louco!” E sem pestanejar o Manuel retorquiu: “Ouça, se a vida da sua filha dependesse da realização deste objectivo... Eu continuava a ser louco?”

Fez-se silêncio absoluto. Nem balbuciei nenhum tipo de resposta... Percebi que o meu amigo me estava a dar uma das maiores lições da minha vida.  A questão não era a dimensão do objectivo. A questão prendia-se, em absoluto, com os recursos pessoais que eu estava disposto a investir nesse propósito, bem como com o sentido de urgência com que eu iria encarar a situação.

É isto que fazem por nós os objectivos de verdade. Dão-nos uma direcção em que mobilizamos a totalidade dos nossos recursos e do nosso sentido de urgência: total concentração de poder!

E é por isto que as pessoas mais bem sucedidas são fanáticos da definição de objectivos. Muitas vezes sem sequer se aperceberem disso.  Mas esta é a única forma que nós seres humanos temos de mobilizar todos os nossos recursos.

São estes objectivos que nos trazem a resiliência de que necessitamos quando chegar a frustração. Porque essa, eu prometo, vai estar sempre presente. Em tudo o que empreendemos há uma altura em que a frustração aparece. E esse é também o momento decisivo: o momento em que devemos decidir se desistimos ou persistimos. E para persistir quando as coisas estão mesmo difíceis precisamos dos objectivos. E têm de ser grandes... Grandes!... GRANDES!!!

Não são objectivos pequenos que nos vão dar a resistência à prova de bala de que necessitamos quando as dificuldades aparecerem. Não são objectivos pequenos que nos farão atravessar um muro quando for necessário. Têm de ser grandes! Enormes! Gigantes!!!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A fórmula do sucesso!


Jim Rohn falava com frequência na fórmula para o sucesso. Impressionado pela sua simplicidade, bem como pelo seu brilhantismo, tenho alguma dificuldade em falar em público sem a referir.

Uma das questões mais básicas do sucesso prende-se com a nossa capacidade de agir. Até que levantemos o rabo da cadeira e façamos qualquer coisa nada vai acontecer.

Nas palavras de Jim Rohn tudo parece muito simples. A fórmula do sucesso é simples, mas para a percebermos temos também de compreender a fórmula do fracasso. Para compreendermos o que nos aproxima de ser bem-sucedidos temos antes de perceber o que nos afasta desse sucesso.

Vamos imaginar que preciso de comer qualquer coisa rapidamente entre reuniões e que não quero ter surpresas. Claro está, vou comer um Hambúrguer. E por mais 20 cêntimos talvez me proponham uma cola grande e uma dose grande de batatas fritas. Se me pesar depois de comer o hambúrguer, vou estar mais pesado? Claro que não! Então amanhã posso voltar a comer outro, verdade? E no dia a seguir... e no outro... e por aí fora...

Não, pois não? Se repetir diariamente esta prática, ou este juízo, pesar mais vai ser o menor dos meus problemas, porque o resultado pode ser absolutamente dramático. A fórmula do fracasso será então e nas palavras do mestre “alguns maus juízos repetidos ao longo do tempo”.

E agora sim estamos prontos para a fórmula do sucesso. “Algumas práticas simples repetidas diariamente de forma disciplinada”. É quando substituímos o tal hambúrguer, por uma sopa de legumes, uma salada e uma peça de fruta, que entramos no novo caminho do qual vão aparecer os resultados que esperamos. E por isso dizemos que são práticas simples. Toda a gente sabe! Não há nada de complexo em ser bem sucedido. Apenas há que seguir um caminho simples e que a maior parte de nós até sabe qual é.

Warren Buffet costuma dizer que na vida e nos negócios são as coisas simples que produzem resultados extraordinários. E complementa que o grau de dificuldade não conta e que por isso o sucesso não tem nada a ver com o QI, mas sim com o nosso bom senso. O bom senso de distinguir as disciplinas simples dos maus juízos.

E porquê diariamente? Perguntará o leitor... Porque é aquilo que fazemos diariamente, aquilo que fazemos de forma consistente, ou sejam os nossos hábitos, que nos trazem verdadeiros resultados. Não é por passar 7h de seguida no ginásio que posso justificar uma semana inteira sem lá ir!...
“Práticas simples repetidas diariamente de forma disciplinada.” E assim se trilha o caminho do sucesso!...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Optimismo: a 3ª chave do sucesso.


Praticamente todos os trabalhos e estudos que li sobre sucesso, apontam o optimismo como uma das principais características dos indivíduos bem sucedidos. E falo de optimismo não no sentido de esperar que as coisas lhes corram bem independentemente daquilo que fazem, ou de manter esperanças de que a sorte os bafeje e os seus desafios acabem por se ver resolvidos, mas sim de esperar bons resultados da sua acção deliberada.
Muitas vezes vejo pessoas justificarem a razão de marcarem objectivos baixos para si próprios com a justificação de serem realistas. Creio que muito de nós confundem realismo com pessimismo. Realismo é conhecer a realidade. Hoje! Tal e qual ela é! Nem melhor nem pior. Optimismo é acharmos que amanhã pode ser melhor. E sim, estou absolutamente convicto que essa é uma característica dos Vencedores. Acreditar profundamente que o amanhã pode ser melhor.
O optimismo passa pela compreensão de que a vida é uma auto-profecia. Aquilo que esperamos, com convicção, é aquilo que acabamos por ter. E isto não acontece por nenhuma razão esotérica, mas porque o nosso subconsciente acaba por encontrar na realidade forma de as nossas expectativas se realizarem.
As pessoas bem sucedidas são optimistas. As pessoas bem sucedidas esperam que as coisas lhes corram bem e elas correm.

Os Optimistas vêem o futuro e agem! Só os Optimistas agem energicamente com elevado sentido de urgência. Só os optimistas persistem até que os resultados cheguem. Colocam-se na fila e ficam na fila porque sabem que a sua vez vai chegar.

Os indivíduos bem sucedidos são optimistas, porque os únicos jardins que são regados são os que sabemos que vão crescer. Por isso os Optimistas cuidam dos seus projectos até que estes floresçam.

A fundação das suas realizações é a gratidão. Focam-se nos aspectos positivos. Compreendem que independentemente dos seus desafios, são uns felizardos por tudo aquilo que a vida lhes proporciona. O sol, a chuva, a terra e a semente. Compreendem que só depende deles processar as dádivas da natureza e da sociedade e com isso criar valor.

Sabem que o medo paralisa e atrofia. E sabem que tudo o que procuram está fora da sua zona de conforto. Têm noção de que tudo o que querem está do lado contrário do medo.

Os Optimistas não têm problemas. Têm desafios! Têm a clara noção de que hão-de os ter sempre e de que o objectivo na vida não é deixar de os ter. O seu objectivo é de que os seus desafios tenham cada vez mais qualidade. Sejam cada vez mais sofisticados. O único sítio onde há pessoas sem desafios é no cemitério!

A Gratidão é a Mãe da Fé, que por sua vez é a Mãe do Optimismo, que é o Pai da Perseverança. A Perseverança é a Mãe do sucesso, porque a única forma de verdadeiramente fracassar é desistir!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A força de um Propósito!


Viktor Frankl, o Psiquiatra Austríaco que durante a 2ª grande guerra foi prisioneiro dos campos de concentração Alemães, demonstrou no seu trabalho, realizado exactamente durante essa sua experiência, que a força do propósito é a mais poderosa força na mobilização de um ser humano. Quanto temos um verdadeiro propósito nada nos pode parar.

O que se passa é que nos habituámos a utilizar o termo objectivo de uma forma muito ligeira. Confundimo-lo muitas vezes com desejos.

Um verdadeiro objectivo implica uma decisão. E decisão, que é outra palavra que nos habituámos a utilizar com ligeireza significa cortar com todas as outras alternativas. Decisão vem de de... cisão, de uma cisão, de um corte. Quando formulamos um verdadeiro objectivo isso implica cortar com todas as outras alternativas. Com todas as outras opções!

Conto com alguma frequência, nomeadamente nos meus workshops, um episódio que se passou comigo e que foi extraordinariamente marcante. De tal forma que utilizo  sempre esta história para ilustrar o que quero dizer com um verdadeiro objectivo.

Eu tinha 28 anos e posso precisar isso porque a minha filha tinha acabado de nascer. Trabalhava num Banco, com responsabilidades na área comercial e um dia enquanto discutíamos os objectivos para uma campanha que íamos lançar, o Director de Marketing, alguém que com o tempo aprendi a considerar como uma das pessoas mais sensatas que alguma vez conheci, colocou um determinado objectivo em cima da mesa. Não me recordo do número com exactidão mas sei que era muito grande. Muito mais do que normalmente estávamos habituados a fazer. E nessa altura, sem sequer reflectir, saiu-me um desabafo: “Manuel, o meu amigo está louco!” E sem pestanejar, mas muito tranquilamente, o Manuel retorquiu: “Ouça... Se a vida da sua filha dependesse da realização deste objectivo... Eu continuava a ser louco?”

Fez-se silêncio absoluto. Nem balbuciei nenhum tipo de resposta... Percebi que o meu amigo me estava a dar uma das maiores lições da minha vida.  A questão não era a dimensão do objectivo. A questão prendia-se, em absoluto, com os recursos pessoais que eu estava disposto a investir nesse objectivo, bem como com o sentido de urgência com que eu iria encarar a situação.

São estes objectivos que nos trazem a resiliência de que necessitamos quando chegar a frustração. Porque essa, eu prometo, vai estar sempre presente. Em tudo o que empreendemos há uma altura em que aparece a frustração. E esse é também o momento decisivo: o momento em que devemos decidir se desistimos ou persistimos. E para persistir quando as coisas estão mesmo difíceis precisamos dos objectivos. E para isso eles têm de ser grandes... Grandes!... GRANDES!!!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Pensamentos de Jim Rohn sobre liderança...

“The challenge of leadership is...

to be strong, but not rude.

Be kind, but not weak.

Be bold, but not a bully.

Be thoughtful, but not lazy.

Be humble, but not timid.

Be proud, but not arrogant.

Have humor, but without folly.

Be wise as a serpent but harmless as a dove!”

 

 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Acima da linha

Não é o que acontece, mas a forma como respondemos a isso que condiciona a maior parte da nossa vida. Aprendi que a vida é 10% aquilo que nos acontece e 90% aquilo que fazemos sobre isso.

Esse é exactamente o desafio da vida. Usar tudo o está à nossa disposição e, usando a nossa filosofia, transformar tudo isso em valor! E quando digo tudo, quero dizer absolutamente tudo. Mesmo aquilo que numa primeira abordagem nos parece uma tragédia.

O factor mais determinante, na forma como resulta e funciona a nossa vida, é a nossa filosofia. O verdadeiro teste de maturidade é exactamente assumir a responsabilidade de criar valor, com aquilo que a vida nos traz.

É através da nossa filosofia que podemos transformar a informação e as ideias que estão à nossa disposição em valor. É isso que nos torna diferentes dos animais. Estes só podem contar com os seus instintos. Quando inverno chega os patos só podem voar para o sul. Se o sul não estiver grande coisa... Azar... Nada mais se pode fazer... Mas nós não. Nós podemos desenvolver a nossa filosofia! E para isso temos de pensar. Temos de descobrir e processar ideias...

Ao compreendermos a causa e efeito, compreendemos também a quantidade de escolhas e alternativas que temos em cada momento no tempo. E quando partimos de um lugar de responsabilidade, as duas escolhas principais são a de aceitar a propriedade das condições de vida, tal e qual se nos apresentam e aceitar a responsabilidade de mudar essas condições, caso não estejamos inteiramente satisfeitos com elas.
E assumir a responsabilidade é também prestarmos contas a nós  próprios. Quando há uns anos decidi terminar a minha carreira corporativa e tornar-me Empresário foi, em grande parte por isto mesmo. Porque decidi prestar contas da minha vida a mim próprio. Porque percebi que estava a subir uma escada encostada na parede errada. A viver a vida pelo guião de uma outra pessoa.
E tomei a decisão mais difícil da minha vida, exactamente porque senti que não tinha o direito de ser menos que um exemplo brilhante para os meus filhos. Porque senti que não estava preparado para um dia olhar para trás e sentir que tinha sido menos do que as minhas capacidades me permitiam ser. Foi o dia em que percebi que tinha de prestar contas. A mim e aos outros. Começando pela minha família e depois à sociedade.
Este é, para mim, o princípio número um do sucesso. Provavelmente a coisa mais importante que aprendi na vida e a melhor herança que posso deixar às minhas crianças.
Viver acima da linha faz de nós vencedores enquanto viver abaixo da linha não nos deixa passar de vítimas das circunstâncias.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Abaixo da linha


O meu amigo Brad Sugars, para explicar o princípio da responsabilidade, costumava desenhar uma linha a que chamava a linha da vida. E desenvolvia que a maior parte das pessoas vivia as suas vidas abaixo desta linha.
De cada vez que encontramos uma desculpa para o que não está a correr como nós imaginávamos estamos a viver a vida abaixo da linha.
A mediocridade é cheia de razões!

Quando alguma coisa não nos corre bem, ou encontramos alguma dificuldade no caminho para os nossos objectivos, a nossa tendência é encontrar uma desculpa ou justificação. Quando encontramos uma justificação, tendemos a ligar-nos a ela. À medida que a repetimos fertilizamo-la e fazemo-la crescer no nosso subconsciente. Enquanto ela cresce vai-se tornando verdadeira, pelo menos para nós, contagiando e toldando todas as nossas outras iniciativas e chegando a comprometer o objectivo. É o princípio do fracasso! Encontrámos um alibi!

Da mesma maneira estaremos a viver a vida abaixo da linha quando encontramos culpados. De cada vez que encontramos alguém ou algo a quem atribuir as razões das nossas dificuldades estamos a boicotar as nossas possibilidades de ser bem sucedidos.

De cada vez que culpamos a sociedade, a família, a empresa onde trabalhamos, o governo, o mordomo, a sogra e o próprio mundo, que não nos trata de uma forma justa, estamos a viver a vida abaixo da linha.
Até que compreendamos que se continuarmos a culpar tudo à nossa volta pelos meus lentos progressos, estamos a culpar tudo o que temos. Se culparmos o sol, o vento, o solo, a chuva, as sementes e as estações do ano, então nada mais resta.
E viver abaixo da linha é também viver em negação. Mostramos alguma dificuldade em ver as coisas tal como elas são. Tendemos a ter uma visão enviesada sobre a realidade, quando esta nos diz respeito pessoalmente. O problema é que não dizer, ou ver, a verdade sobre a nossa vida rouba-nos o poder de agir. Esvazia-nos do poder de actuar e melhorar. Até que nos coloquemos em cima da balança e pararmos de argumentar que temos os ossos pesados e assumirmos que estamos gordos, não vamos poder mudar a nossa alimentação e os nossos hábitos de actividade física.
Mas viver abaixo da linha não nasce connosco. É algo que aprendemos! E se aprendemos a viver abaixo da linha também podemos aprender a viver acima.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Estudar o sucesso


No início do século passado um jovem Americano de 20 anos que fazia alguns trabalhos de jornalismo como forma de ajudar a pagar os seus estudos teve a oportunidade de entrevistar Andrew Carnegie, o multimilionário da indústria do aço e, naquela altura, o homem mais rico do mundo.
A entrevista que devia durar 3 horas, levou 3 dias, pois Carnegie foi pedindo que o rapaz fosse ficando para continuar a conversa. No final dos 3 dias propôs-lhe que dedicasse os próximos 20 anos da sua vida a estudar os homens de maior sucesso dos EUA, pois Carnegie acreditava que havia uma série de padrões comportamentais comuns a estas pessoas e que a humanidade devia conhecer a essa informação. A Carnegie caberia abrir as portas e ao rapaz trabalhar os 20 anos seguintes nesse projecto sem ser pago por isso. No final dos 20 anos as conclusões deviam ser publicadas, para que toda a humanidade ficasse com acesso aos princípios do sucesso.
Ainda que mal tivesse condições para pagar os seus próprios estudos, o rapaz não só aceitou como prometeu a Carnegie que terminaria a tarefa com sucesso. O resto é história... O rapaz chamava-se Napoleon Hill e a obra onde apresentou as suas principais ideias teve o título de “Pense e fique rico”. E qualquer um de nós a pode comprar e ler.
Hill entrevistou mais de 500 pessoas nos 20 anos seguintes e compreendeu, tal como Carnegie tinha insinuado, que havia, de facto, uma série de aspectos comuns nos seus padrões comportamentais.
E a pergunta que coloco é sempre a mesma: Se nos custa 15€, mais coisa menos coisa, um livro onde este senhor apresenta os resultados de 20 anos de investigação, sobre as razões do êxito das pessoas mais bem-sucedidas do mundo, será que não vale a pena fazer o investimento!!?!... Será que podemos não o fazer?...
Se o sucesso é importante para nós tempos de o estudar e há milhares de livros que falam sobre isso. Da mesma forma que devemos estudar riqueza, se esta for importantes para nós. E estudar saúde, se de facto nos preocupamos com ela. E mesmo estudar relacionamentos se acreditarmos, como eu acredito, que a nossa felicidade depende deles em grande parte.
O que não podemos é esperar que as coisas se materializem na nossa vida, simplesmente porque o universo se organizou para isso e sem nunca termos feito nada para lá chegar.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Resiliência


Desde muito novo Soichiro Honda mostrou grande interesse em automóveis. Trabalhou em oficinas, como Mecânico, até que um dia desenhou um pistão que esperava vender à Toyota. Tendo a famosa marca de automóveis recusado os seus desenhos, pois não reuniam os padrões que consideravam mínimos, foi como se a recusa tivesse reforçado o objectivo de Soichiro.
Tornou-se quase uma obsessão para si. Honda trabalhava continuamente no seu projecto e investia tudo o que tinha no seu sonho. Chegou ao ponto de penhorar as jóias da sua mulher na perseguição deste seu desejo.
Como se os desenhos continuassem a ser recusados Honda resolveu entrar na Universidade, embora fosse já mais maduro que a maior parte dos seus outros colegas. Conta a história que os seus anos de estudo não foram fáceis. Por um lado havia alguma controvérsia em relação aos seus desenho e por outro Honda não era especialmente bem aceite pelos colegas mais novos.
Quando terminou os seus estudos e depois de mais algumas recusas por parte da Toyota, Soichiro vê, um dia, os seus desenhos aprovados, tem o seu primeiro contrato e constrói uma fábrica para começar a produzir.
Muito pouco tempo depois de ter construído a fábrica há um terramoto e a fábrica é completamente destruída. Mas o Sr. Honda não desistia nunca e resolve reconstrui-la. Só que, entretanto, o Japão entrara na II Grande Guerra e não há matéria-prima para o fazer. Honda inventa então uma forma de produzir o seu próprio concreto e assim reconstruir a sua fábrica.
Mas durante a Guerra os bombardeiros americanos não davam descanso e a fábrica é bombardeada e destruída mais duas vezes. Qualquer um teria desistido, mas não Soichiro Honda. Os seus sonhos eram demasiado grandes para que ele pudesse desistir. Não só reconstruiu a fábrica como ainda fazia a sua equipa sair à rua e recolher as latas de combustível que eram largadas dos aviões americanos. Usava-as como matéria prima para os seus pistões, numa altura em que se tornava muito complicado ter acesso a metais. Honda chamava-lhes presentes do Presidente Truman.
Quando a guerra termina e o Japão fica economicamente destruído. Honda perde o seu contrato com a Toyota. A sua situação financeira fica tão debilitada que nem para se deslocar e alimentar a família tem condições.
É então que inventa um pequeno motor, que coloca na sua bicicleta para poder deslocar-se. Ao ver a sua bicicleta, os seus vizinhos começam a pedir-lhe que coloque motores também nas suas. É então que tem uma ideia: Se conseguisse produzir estas bicicletas em massa, talvez pudesse contribuir com relevância para a recuperação económica do seu Pais.
Resolve enviar 5000 cartas a vendedores de bicicletas no Japão, explicando-lhes o seu projecto e pedindo-lhes financiamento para o mesmo. Consegue sensibilizar praticamente metade e depois de várias afinações, a sua bicicleta estava pronta para ser comercializada tornando-se um sucesso entre os Babyboomers na Europa e EUA.
O resto é história. Passados 30 anos a Honda vendia nos EUA mais automóveis que a própria Toyota. Mas mais importante do que tudo isso e na minha opinião, Soichiro Honda deu ao mundo um grande exemplo do que conseguimos quando lutamos com determinação pelos nossos sonhos e não nos deixamos derrotar, sejam quais forem as adversidades que nos saiam ao caminho.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Quanto me custa uma pá?

Por vezes fico com a sensação de que, no nosso Pais, o conhecimento é desvalorizado.

Vejo as empresas a pedir motivação...Vejo as pessoas a pensar em trabalhar mais horas e mais duro... E tudo isto como se a única forma de melhorar os nossos resultados fosse fazendo mais.

Só trabalho duro vai deixar-nos cansados. Mas trabalho inteligente pode-nos deixar ricos! E a maior parte das pessoas que eu conheço estão cansadas em vez de ricas...

E é por isso que, por vezes, me parece que subavaliamos o conhecimento.

Da forma como vejo as coisas o conhecimento é a maior riqueza que temos. Vale mais do que o ouro, até porque pode ser transformado em ouro. Eu chamo-lhe o tesouro das ideias!... O mais valioso tesouro que há e o único que não podemos perder. Podemos ganhar e perder muito dinheiro, mas dificilmente podemos perder as ideias.

E as ideias são preciosas porque influenciam directamente a qualidade das nossas escolhas. E boas escolhas conduzem a boas práticas que nos trarão bons resultados.

Para cavar o tesouro das ideias temos essencialmente duas estratégias: o estudo da própria vida e o estudo da vida dos outros.

Estudar a nossa vida, a nossa filosofia, as nossas escolhas, os nossos resultados é um imperativo da nossa aprendizagem. De que forma é que a minha maneira de pensar tem conduzido aos meus resultados? O que é que em mim tem atraído determinada realidade? E reflectir, amadurecer, aprender... aprender...

E estudar a vida dos outros pode poupar-nos muitos erros e dar-nos pistas sobre muitas das boas práticas de que necessitamos, para atrair o tipo de efeitos a que nos propomos.

Jim Rohn costumava perguntar se seria coincidência que todas as casas acima de € 500 000 tivessem uma biblioteca!?!.. Não me parece... E quando vejo os hábitos de leitura dos Portugueses não consigo deixar de fazer algumas extrapolações sobre o facto de, como grupo, trabalharmos tantas horas para tão pobres resultados.

Se alguém bem sucedido colocou tudo o que sabe sobre isso num livro e o assunto me interessa será que eu posso não ler o livro? Quanto custa ?15€? E se o autor der um seminário onde, na primeira pessoa, explica tudo o que aprendeu no processo? Será que eu tenho mesmo a opção de não assistir? Quanto custa 100 €? E quanto custa não assistir!!?!...

Por vezes não deixo de ter a sensação que evitamos os investimentos na nossa educação, sem nunca ponderar quanto nos vai custar a ignorância. Seria o mesmo que eu chamar um amigo para me ajudar a cavar um tesouro, que podíamos dividir e ele responder-me que as pás são muito caras...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Integridade não situacional

Conheci, em 2009, o empresário australiano John McGrath que me contou que ele e Russel Crowe foram melhores amigos durante a sua infância e juventude. Contou-me também que, para além de andarem frequentemente metidos em problemas, eram alunos francamente abaixo da média. Aos 16/17 anos desistiram de estudar. Um tornou-se actor, o que não parecia ser uma decisão muito inteligente para um jovem australiano no final dos anos 70, e John decidiu trabalhar uma vez que um problema de saúde o afastava do seu sonho de ser profissional de futebol australiano e isto depois de ter tido notas francamente más nos exames de acesso à universidade.

John começou como assistente de vendedor de automóveis, o que significava basicamente lavar carros. Progrediu mais tarde para vendedor de automóveis, depois para o negócio de aluguer de automóveis e mais tarde para o mercado imobiliário.

Quer o seu salário estivesse directamente ligado à sua produtividade, ou não, em todas as suas experiências de vendas John bateu todos os recordes. Ele chama a isso integridade não situacional: não importa o que nos pagam, ou até se nos pagam, nós temos a responsabilidade de não dar menos do que o nosso melhor em tudo aquilo que fazemos.

“Se vamos fazer qualquer coisa, porque não a havemos de fazer como o melhor do mundo?”

Da mesma maneira que Russel Crowe ousou um dia sonhar tornar-se no melhor actor do mundo, John continua a atrever-se pensar como o melhor profissional imobiliário do mundo. Depois de ter materializado um volume de negócios de 3,5 mil milhões de dólares em 2008 em plena recessão internacional num país como a Austrália, John considera-se no bom caminho.

Todos nós temos o potencial de fazer coisas extraordinárias com a nossa vida, a questão é se decidimos mesmo fazê-las.


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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Um árvore deve crescer onde é plantada!

Em 1969 três estudantes, no Colorado EUA, aproveitavam passeios que davam pelas montanhas, para recolher ervas que vendiam a ervanárias locais. Rapidamente aprenderam que podiam colocar as ervas em saquinhos e transformá-las em infusões muito agradáveis, que começaram a vender directamente.,

Como a receptividade do mercado fosse muito boa decidiram lançar então uma empresa a que chamaram Celestial Seasonings dirigida por um deles, Mo Siegel, que tinha 20 anos de idade.

A história foi de um enorme sucesso comercial até que em 1984 a gigante Kraft Foods faz uma irrecusável proposta pela compra da empresa: USD 65 M.

Depois de cerca de 14 anos a crescer o seu negócio, com pouco mais de 30 de idade e multimilionário depois de vender a sua empresa, Mo decide que quer compreender a sua missão na vida e procurar um sentido para a mesma.

Resolve então viajar pelo mundo e conhecer um pouco mais das culturas e formas de pensar e aproveita a sua viagem para visitar vários grandes líderes espirituais, na esperança de que o ajudassem na sua busca pessoal.

Depois de visitar os grandes líderes espirituais do mundo tem um dia a oportunidade de encontrar a Madre Teresa. Contou-lhe a sua vida e a sua busca até que a Senhora lhe segurou numa mão e disse: “Mo, uma árvore deve crescer onde foi plantada.”...

Hesitou por um momento e respondeu: “Madre Teresa, não tenho a certeza de ter compreendido o que me disse...”. E foi então que a missionária lhe terá explicado. “Se calhar está a procurar no sítio errado. Se calhar a sua missão é fazer aquilo que faz melhor: crescer negócios. Se calhar a sua missão é exactamente crescer a sua empresa...”

A ideia atingiu Mo como um raio. Porque havia de estar a procurar o seu caminho noutros locais, quando aquilo de que sempre havia gostado e aquilo que fazia melhor era, de facto, gerir e fazer crescer empresas?

Conta a história que decidiu voltar aos EUA e que por acaso enquanto tinha estado fora a Kraft Foods não tinha feito um bom trabalho com a sua empresa. Entretanto tinham tentado vendê-la à Lipton, mas o negocio estava a ser rejeitado pelas autoridades por motivos de concorrência.

Mo propôs-se então a recomprar a sua empresa o que conseguiu por uma pequena parcela do que havia recebido por ela poucos anos antes...

Foi então Presidente por mais cerca de 10 anos até que em 2002 e depois de dispersar o capital em Bolsa, encaixando pessoalmente mais alguns milhões, abandonou as suas funções executivas.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

2 IRMÃOS

Era uma vez dois irmãos. Tinham inventado a dinamite o que fazia deles pessoas muito poderosas e famosas. Eram amigos do Rei de França que, por sua, vez ganhava todas as guerras ao ter acesso à dinamite inventada pelos irmãos. França, com o poder bélico que lhe era dado por esta ferramenta, começava a ganhar ascendência na Europa enquanto somava vitórias sobre as nações rivais.

À medida que França ia somando vitórias, o prestigio dos irmãos crescia mais e mais, bem como a sua influência social. Eles eram famosos, prestigiados, poderosos, influentes e ricos. Tinham-se tornado figuras incontornáveis da Europa do séc. XIX.

Um dia um dos irmãos morreu. E ao dar a notícia houve um jornal que se equivocou e escreveu o obituário do irmão. Então o irmão sobrevivente teve a oportunidade de ter uma experiência rara mas muito marcante: pôde, em vida, ler o seu próprio obituário.

E não gostou do que leu. Basicamente dizia era que o falecido era alguém muito importante e bem relacionado, amigo do Rei de França e muito influente na alta sociedade Europeia. O obituário focava também que o senhor havia co-inventado a dinamite e como tal França ganhava imensas guerras, porque tinha um poder bélico com o qual nenhuma outra nação podia rivalizar.

Nessa altura Alfred, o nome do irmão que lia o seu próprio obituário, tomou uma decisão: quando escrevessem o seu obituário, o verdadeiro, haviam de dizer coisas diferentes. Muito diferentes!...

Alfred Nobel era o seu nome. E hoje todos imaginamos o que hão-de ter escrito na altura da sua morte. Pouca gente se recorda dele como co-inventor da dinamite. Mas todos sabemos que foi o criador do Nobel da Paz!