terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Sistema de Activação Reticular

Quando plantamos uma semente, esta deve encontrar condições para germinar. Solo fértil e água são os pressupostos essenciais para que o fenómeno se materialize. Aí a semente começa a germinar, criando raízes e dando origem a uma pequena planta. Ao crescer a planta torna-se forte e transforma-se numa árvore. Na sua maturidade a árvore premiar-nos-á com os seus frutos que nos alimentam e cujos caroços são novas sementes, que nos permitem replicar este o ciclo todas as vezes que quisermos.

Grande parte das nossas lições de vida podemos encontrá-las na natureza. A natureza é tão eficiente e bem desenhada, que encontramos nela resposta para quase tudo o que necessitamos.

Penso nas ideias como sementes. Realizações em potencial. Quando temos uma ideia, começamos a procurar na realidade referências que a confirmem, tal como a semente cria raízes. O nosso cérebro, através do seu sistema de activação reticular, consegue encontrar na realidade referências para praticamente tudo. Consegue encontrar referências de que a terra é plana, se for nisso que se focar. Nessa altura as nossas referências transformam-se em crenças. Não precisam de ser verdadeiras, mas a partir do momento em que nascem, o nosso cérebro começa a trabalhar para as tornar verdadeiras. E aí tornam-se verdadeiras para nós. A ideia transforma-se em crença da mesma forma que a semente dá origem a uma planta.

A título de exemplo, será que eu consigo encontrar na realidade referências que confirmem que com esta crise não é possível os negócios prosperarem? Claro que sim! Diariamente lido com Empresários que o conseguem demonstrar, de forma praticamente inequívoca. E se eu procurar referências de que, neste momento de crise, surgem fantásticas oportunidades de criar riqueza e reforçar os negócios? Será que as consigo encontrar? Claro que sim também. De todas as crises surgem novos milionários que o confirmam.

Quanto mais sólida se torna a convicção, mais referências o SAR vai encontrando para a confirmar e, da mesma forma que na sua maturidade a planta se tornou uma árvore, a crença transforma-se numa convicção. E as nossas convicções são poderosas. Têm virtualmente o poder de criar e destruir. As nossas convicções dão frutos, assim como as árvores. Os nossos resultados na vida, sejam eles quais forem, são o fruto das nossas convicções. E isto porque nós agimos de acordo com aquilo que acreditamos ser verdadeiro.

Isto faz do nosso SAR uma ferramenta poderosíssima, que nos dá-nos o controlo do nosso destino. Ao controlarmos a qualidade das nossas ideias e das coisas em que pensamos na maior parte do tempo, estamos a controlar a qualidade dos nossos resultados. Torna-se então absolutamente essencial focarmo-nos no que queremos, em vez do que não queremos.

(este artº foi publicado no OJE de 15.09.09)

1 comentário:

Marta Araújo disse...

Muito bom artigo. Parabéns!