quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Auto-Disciplina

Tenho tido recentemente a oportunidade de reflectir com algumas pessoas com quem trabalho, sobre aquilo que nos permite atingir determinadas realizações. Ou seja, como aparecem os resultados na nossa vida.

A maior parte das pessoas a quem pergunto como desenvolvem os seus níveis de confiança, responde-me que esta vem dos resultados. Isto faz-me sempre alguma confusão, pois não vejo como nos havemos sequer de propor a alguma realização digna de registo se não tivermos antes algum nível de confiança... Muito menos resultados! Estamos então tentados a cair num ciclo vicioso. Não temos resultados porque não temos confiança e não temos confiança porque não temos resultados. E muita gente passa a vida prisioneira desta armadilha.

Na minha opinião a confiança tem de aparecer antes dos resultados. Assumirmos esta responsabilidade dá-nos o controlo sobre o nosso futuro, por oposição a deixá-lo entregue à sorte agreste daquilo que o acaso nos trouxer. Um indivíduo confiante propor-se-á a determinados objectivos e criará condições para os atingir. Mas não alguém a quem essa confiança falte. Isso parece-me claro.

Mas onde vamos então buscar essa auto-confiança?... Respondo com outra pergunta... Qual é a principal característica dos Indivíduos confiantes?... Como se sentem eles em relação a si próprios? Acredito eu que essa característica é a auto-estima.

Alguém que gosta de si próprio confia nas suas capacidades, como tal desenvolverá a auto-confiança de que necessita para atingir os resultados a que se propõe. Mais do que isso, só alguém que goste de si próprio e seja consequentemente confiante, terá condições para lidar com o medo da possibilidade de não ser bem sucedido, em qualquer coisa que resolva empreender. Para tentar, primeiro e para obter resultados, depois, torna-se fundamental ter auto-estima.

E a auto-estima?... Onde a encontraremos então?... Será que é a olharmos para o espelho diariamente, a pensar quão fantásticos tivemos a felicidade de nascer?... Será que é sentados todo o dia à nossa secretária à espera que ela nos caia do céu?... Não me parece! Se esquecermos o que não está sob o nosso controlo e que se prende com o tipo de amor que tivemos na nossa infância e as marcas que isso nos deixou, parece-me que nos orgulhamos de nós próprios quando estamos satisfeitos com a quantidade e qualidade da nossa acção. Parece-me que gostamos de nós próprios quando sentimos que não demos menos do que o nosso melhor. A auto-estima nasce então da acção. Ou seja, da disciplina de fazer aquilo que sabemos que deve ser feito com o nosso máximo empenho. Ou dito de outra forma, a auto-estima vem da auto-disciplina. Da nossa capacidade de cumprirmos com uma série de práticas diárias.

Será este então o caminho para os resultados. Se nos auto-disciplinarmos diariamente estamos a construir a nossa auto-estima, que resultará na auto-confiança de que necessitamos para atingir os resultados que queremos.

A auto-disciplina coloca-nos o pão na boca.

2 comentários:

Sérgio Martins disse...

Sem dúvida nenhuma Paulo. É fundamental que sejamos auto-disciplinados. Os meus melhores momentos são quando consigo ter essa disciplina. Quando a 'confusão' se instala, não consigo fazer o que me proponho e baixa a minha motivação e de seguida a minha auto-estima.
Parabéns por mais um excelente post! Abraço.

Ken Gielen disse...

Sem auto-disciplina só com um Coach para fazer o seguimento dos objectivos propostos. Tal como dizia Jim Rohn:“Discipline is the bridge between goals and accomplishment.”