terça-feira, 1 de maio de 2012

Convicções: O poder de criar ou destruir...


As convicções começam com uma ideia da mesma forma que uma semente é uma ideia de uma árvore. A partir do momento em que essa ideia é gerada, começamos a encontrar na realidade referências que suportem essa ideia da mesma forma que uma semente começa a criar raízes. Esta é a parte perigosa, uma vez que o nosso cérebro tem a capacidade de encontrar na realidade tudo aquilo em que se foca, ao apagar da sua atenção tudo aquilo que não está em conformidade com as suas referências.
À medida que vamos encontrando estas referências, vamos criando uma crença, da mesma forma que ao adquirir raízes a semente procura o ar e o sol e evolui para uma planta, sendo que o processo evolui neste sentido e à medida que mais referências vão reforçando a nossa crença até que esta se transforme numa convicção, tal como a planta se transforma numa árvore. Tal como essa árvore dá frutos, também nós colhemos os frutos (bons ou maus) das nossas convicções.
O primeiro tipo de convicções que nós temos são generalizações e são verbalizadas geralmente com afirmações como “A vida é…”, “As pessoas são…”, “Eu sou…”. As segundas, sobre a forma de regras, são normalmente verbalizadas como “Se… então…”. A questão fundamental é que sejam elas quais forem, tornam-se na nossa realidade. Porque as nossas decisões e, consequentemente, acções, estão directamente ligadas ao que nós temos como verdadeiro.
As nossas convicções têm virtualmente o poder de criar ou destruir. As nossas convicções são o que faz a diferença entre uma vida gratificante e uma de miséria.
O poder das convicções é de tal forma forte que em casos de doentes com disfunções de personalidade têm sido observadas alterações físicas significativas, como o aparecimento e desaparecimento de determinados sinais, ou a mudança da cor dos olhos e mesmo o aparecimento e desaparecimento de doenças como as diabetes, de acordo com a personalidade que o doente acredita que está, nessa altura, no controlo.
Há então convicções que nós temos e que são poderosas no sentido de nos aproximarem do que pretendemos atingir e outras que são limitadoras uma vez que nos afastam disso mesmo. Como é que poderei ser rico se tiver uma convicção de que o dinheiro é mau, ou de que os ricos são desonestos? Mas se, pelo contrário, eu tiver a convicção de que o dinheiro é das melhores coisas da vida, pela contribuição que me permite fazer na sociedade e acreditar também que todos podem aceder à riqueza, desde que modelem a forma como outros antes o fizeram e ainda de que grande parte dos multimilionários são indivíduos cuja integridade está acima de qualquer suspeita, aí sim eu começo a criar condições para principiar a criar riqueza.
Nós começamos, de facto, a assumir o controlo da nossa vida a partir do momento em que começamos a assumir o controlo das nossas convicções. E esse é o momento em que começamos a questioná-las e, acima de tudo, a assumir a responsabilidade de substituir as limitadoras pelas poderosas.

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