quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Desculpite

Quando desejamos algo, devemos estudar o objecto do nosso desejo. Se desejamos o sucesso devemos estudar o sucesso. Se desejamos ter saúde, devemos estudar saúde. Se desejamos boas relações, devemos estudar relações. E assim sucessivamente...

É incrivel a quantidade de pessoas que deseja algo e não se dá nunca sequer ao trabalho de ler um livro sobre isso mesmo.


Há basicamente duas formas de aprendermos sobre um tema: Seguindo aquelas que se provaram antes boas práticas, ou pelo contrário estudando aquelas que se mostraram inefectivas noutras alturas...

Da mesma forma que a responsabilidade se tem mostrado, ao longo dos tempos, uma das principais características das gentes de sucesso, a desculpite tem sido identificada como uma das principais doenças que conduzem ao fracasso.

A mediocridade é cheia de razões!

Quando alguma coisa não nos corre bem, ou encontramos alguma dificuldade no caminho para os nossos objectivos, a última coisa que devemos fazer é encontrar uma desculpa ou justificação. Quando encontramos uma justificação, tendemos a ligar-nos a ela. À medida que a repetimos fertilizamo-la e fazemo-la crescer no nosso subconsciente. Enquanto ela cresce vai-se tornando verdadeira, pelo menos para nós, contagiando e toldando todas as nossas outras iniciativas e chegando a comprometer o objectivo. É o princípio do fracasso!

A desculpite apresenta várias variantes. A primeira dessas variantes é a desculpa da saúde. “A minha saúde não me permite”. Qualquer médico poderá confirmar que não existe o estado de saúde perfeita. Há sempre algo de errado com qualquer corpo. A diferença é que as pessoas de sucesso não pensam nisso. As pessoas de sucesso estão agradecidas pela saúde que têm (porque poderiam estar piores) independentemente do nível dessa saúde. As pessoas de sucesso recusam-se a focalizar a sua atenção na sua saúde e recusam-se mesmo a falar sobre ela. As pessoas de sucesso compreendem que é melhor usarem o que têm, enquanto têm.

A desculpa de inteligência é normalmente outra das que frequentemente é levantada. Aqui cabe-me fazer um ponto de ordem: Nós tendemos a subestimar a nossa inteligência e a sobrestimar a inteligência dos outros. O que verdadeiramente conta não é a inteligência que temos, mas a forma como a utilizamos. O que verdadeiramente conta é o pensamento e o sentido que guia essa inteligência. O que é facto é que existem pessoas brilhantes que nunca são bem sucedidas. Muitas vezes essas pessoas usam a sua fantástica inteligência exactamente para justificar porque não hão-de resultar as coisas. Nem o conhecimento é poder como muitas vezes ouvimos. O conhecimento é poder potencial. Ou seja só se torna poder quando cruzado com a acção. Só se torna poder quando aplicado. Por outro lado, todos nós conhecemos gente bem sucedida que está longe de ser genial.

A terceira desculpa tradicional é a desculpa da idade. Ou somos muito novos, ou somos muito velhos. Nunca estamos na idade ideal. Mas qual será a idade ideal?...Mas mais uma vez as pessoas de sucesso pensam na sua idade sempre de uma forma positiva. Se são novos pensam nas vantagens que isso lhes trás. A energia, a vantagem de começar mais cedo que os outros, a capacidade de pensarem fora da caixa e de ainda não saberem o que não é possvel... Se são mais maduros vêm as coisas da perspectiva da experiência, do conhecimentos adquirido, da probabilidade de errarem menos, da tranquilidade que a idade nos traz... As pessoas de sucesso focam-se apenas no tempo produtivo que têm pela frente e em tirar dele o maior retorno possivel. E acima de tudo, as pessoas de sucesso têm a noção clara, de que a capacidade de pensar é ainda e muito mais importante que a capacidade de armazenar factos.

A quarta mais usada desculpa do fracasso é a desculpa da sorte. E a desculpa da sorte não é mais do que a ignorância de lei de ferro do universo que é a lei da causa e efeito, também conhecida pela lei socrática da causalidade. Esta lei explica que tudo aquilo que acontece (efeito) tem explicação num outro acontecimento, ou sucessão de acontecimentos, a montante (causa). E que nada acontece por acaso. Tudo aquilo que acontece nas nossas vidas é resultado das decisões que tomamos. E que se queremos melhores resultados (efeitos), devemos procurar melhores decisões (causas).

Se queremos ser bem sucedidos, temos de parar de desejar. Devemos começar a acreditar e a actuar. É das decisões que tomamos e das acções que se lhes seguem que decorrem os resultados que temos na vida e como alguém disse um dia “Há inúmeras desculpas para o fracassso, mas nenhuma boa razão”

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