terça-feira, 13 de outubro de 2009

Decisões

A principal forma de mudarmos ou melhorarmos as nossas vidas é encontrarmos uma forma de tomar acção. De cada vez que tomamos acção damos início a uma sequência de causa e efeito que nos conduz numa determinada direcção. Para assumirmos então o controlo do nosso futuro, devemos antes assumir o controlo das acções que tomamos de uma forma consistente.

Mas qual será a origem das nossas acções. Como é que elas surgem? E a resposta encontra-se nas nossas decisões. As nossas acções são sempre precedidas pelas nossas decisões. É então no momento em que tomamos decisões que nós moldamos a nossa vida. Que nós moldamos o nosso futuro.

O desafio é que a maior parte de nós não compreende sequer o que significa tomar uma verdadeira decisão. Habituámo-nos a usar o termo de uma forma tão leve que o confundimos muitas vezes com preferências ou com desejos. Daí não compreendermos também o fantástico poder que uma verdadeira decisão liberta. O poder de um verdadeiro compromisso. Do verdadeiro empenho.

Tomar uma (verdadeira) decisão significa eliminar todas as outras alternativas. Significa que a não existe sequer a possibilidade de não acontecer aquilo que acabámos de decidir. Se reflectirmos sobre a origem da palavra compreendemos exactamente a sua força. Decisão significa algo que tem origem numa cisão, ou seja num corte. De cisão.

Uma verdadeira decisão transforma-nos numa pessoa diferente. E isso porque nos compromete com diferentes resultados, com diferentes padrões, com diferentes hábitos. E quanto melhores forem os padrões e os resultados que decidirmos para nós melhores pessoas nos tornamos. E, por isso, devemos tomar decisões com frequência.

Muitas vezes pergunto às pessoas o que aconteceria às suas vidas e carreiras, se todas as semanas tomassem decisões sobre elas… O crescimento seria inimaginável…

Mas o melhor do poder das decisões é que todos nós o possuímos. Não é algo reservado a alguns predestinados, ou a indivíduos que nascem em condições privilegiadas. Não! Todos nós (já) o temos.

Sim, porque não são as nossas condições de vida e aquilo que nos acontece que determina o nosso futuro, mas sim as decisões que tomamos sobre aquilo que nos acontece.

E ao juntarmos o poder das nossas decisões, com o de objectivos claros, tornamo-nos praticamente imparáveis. Uma decisão associada a um objectivo torna-nos verdadeiramente poderosos, porque a uma decisão está associada acção. E não qualquer tipo de acção, mas acção massiva. Acção com níveis de urgência e concentração de poder elevados. A uma verdadeira decisão associamos 100% dos nossos recursos. Uma verdadeira decisão é a negação da alternativa contrária.

A única forma de não realizar um objectivo, depois de tomar uma decisão é desistir. Devemos manter o compromisso absoluto com as decisões, mas mantermo-nos flexíveis na nossa abordagem até encontrar o caminho.

2 comentários:

Eva Veigas disse...

Na vida encontramo-nos sempre perante uma Escolha. Temos que estar constantemente a escolher e é aí que é testada a nossa verdadeira essência.
Decidir bem, nem sempre é fácil, mas aprende-se!
Namaste

MC disse...

Quando me consciencializei para a importância do meu poder de decisão, apercebi-me de que tinha eleito algumas opções erradas ao longo da vida. Ponderada como sou, foi com alguma dificuldade que aceitei esta questão, porque julgava ter tomado a decisão certa. Porém percebi que, de facto, não estava errada, porque fiz a melhor escolha que pdoeria ter feito mediante os recursos que tinha disponíveis. Hoje, o meu campo de visão e de pensamento são muito maiores, o que me permite ter uma perspectiva mais aprofundada sobre tudo o que acontece na minha vida. Sei também que há coisas que nos acontecem sobre as quais não temos nenhum controlo. O que aprendi nos últimos tempos foi que a maneira como reajo e como opto por agir perante determinado acontecimento são factores igualmente importantes que me ajudam a ser mais feliz.