A principal
forma de mudarmos ou melhorarmos as nossas vidas, é encontrarmos uma forma de agir.
De cada vez que agimos damos início a uma sequência de causa e efeito que nos
conduz numa determinada direcção. Para assumirmos então o controlo do nosso
futuro, devemos antes assumir o controlo das acções que tomamos de uma forma
consistente.
Mas qual será
a origem das nossas acções. Como é que elas surgem? A resposta encontra-se nas nossas
decisões. As nossas acções são sempre precedidas pelas nossas decisões.
É então no
momento em que tomamos decisões que nós moldamos a nossa vida. Que nós moldamos
o nosso futuro.
Toda a
importância que demos antes aos valores e às convicções surge, essencialmente,
porque estas condicionam totalmente as nossas decisões e consequentemente a
nossa acção.
O desafio é
que a maior parte de nós não compreende sequer o que significa tomar uma
verdadeira decisão. Habituámo-nos a usar o termo de uma forma tão leve que o
confundimos muitas vezes com preferências ou com desejos. Daí não
compreendermos também o fantástico poder que uma verdadeira decisão liberta. O
poder de um verdadeiro compromisso. Do verdadeiro empenho.
Tomar uma
(verdadeira) decisão significa eliminar todas as outras alternativas.
Significa que não existe sequer a possibilidade de não acontecer aquilo que
acabámos de decidir. Se reflectirmos sobre a origem da palavra, compreendemos
exactamente a sua força. Decisão significa algo que tem origem numa cisão, ou
seja num corte. De cisão.
Uma
verdadeira decisão transforma-nos numa pessoa diferente. A cada decisão que
tomamos tornamo-nos diferentes. E isso porque nos compromete com diferentes
resultados, com diferentes padrões. E quanto melhores forem os padrões e os
resultados que decidirmos para nós, melhores pessoas nos tornamos. E, por isso,
devemos tomar decisões com frequência. Muitas vezes pergunto às pessoas o que
aconteceria às suas vidas e carreiras se todas as semanas tomassem decisões
sobre elas… O crescimento seria inimaginável…
Mas o melhor
do poder das decisões é que todos nós o possuímos. Não é algo reservado a
alguns predestinados, ou a indivíduos que nascem em condições privilegiadas.
Não! Todos nós (já) o temos.
Sim, porque
não são as nossas condições de vida e aquilo que nos acontece que determina o
nosso futuro, mas sim as decisões que tomamos sobre aquilo que nos acontece.
E
ao juntarmos o poder das nossas decisões,
com o de objectivos claros, tornamo-nos praticamente imparáveis. Uma decisão
associada a um objectivo torna-nos verdadeiramente poderosos, porque a uma
decisão está associada acção. E não qualquer tipo de acção, mas acção massiva.
Acção com níveis de urgência e concentração de poder elevados. A uma verdadeira
decisão associamos 100% dos nossos recursos. Uma verdadeira decisão é a negação
da alternativa contrária.
Depois de
tomarmos acção, devemos avaliar a resposta que obtemos. Se não for imediatamente
positiva, devemos entendê-la apenas como feedback
e não como um fracasso. E afinar a nossa abordagem até obtermos o retorno
pretendido.
A única forma
de não realizar um objectivo depois de tomar uma decisão é desistir. E enquanto
a dor da disciplina é temporária, desistir
é para sempre e é o que nos rouba os nossos sonhos. Devemos manter o
compromisso absoluto com as decisões, mas mantermo-nos flexíveis na nossa
abordagem até encontrar o caminho.
1 comentário:
Fabuloso este artigo. Deixo a sugestão: vamos todos abolir a palavra DESISTIR!
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