segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O momento em que moldamos o nosso futuro.


A principal forma de mudarmos ou melhorarmos as nossas vidas, é encontrarmos uma forma de agir. De cada vez que agimos damos início a uma sequência de causa e efeito que nos conduz numa determinada direcção. Para assumirmos então o controlo do nosso futuro, devemos antes assumir o controlo das acções que tomamos de uma forma consistente.
Mas qual será a origem das nossas acções. Como é que elas surgem? A resposta encontra-se nas nossas decisões. As nossas acções são sempre precedidas pelas nossas decisões.
É então no momento em que tomamos decisões que nós moldamos a nossa vida. Que nós moldamos o nosso futuro.
           Toda a importância que demos antes aos valores e às convicções surge, essencialmente, porque estas condicionam totalmente as nossas decisões e consequentemente a nossa acção.
O desafio é que a maior parte de nós não compreende sequer o que significa tomar uma verdadeira decisão. Habituámo-nos a usar o termo de uma forma tão leve que o confundimos muitas vezes com preferências ou com desejos. Daí não compreendermos também o fantástico poder que uma verdadeira decisão liberta. O poder de um verdadeiro compromisso. Do verdadeiro empenho.
Tomar uma (verdadeira) decisão significa eliminar todas as outras alternativas. Significa que não existe sequer a possibilidade de não acontecer aquilo que acabámos de decidir. Se reflectirmos sobre a origem da palavra, compreendemos exactamente a sua força. Decisão significa algo que tem origem numa cisão, ou seja num corte. De cisão.
Uma verdadeira decisão transforma-nos numa pessoa diferente. A cada decisão que tomamos tornamo-nos diferentes. E isso porque nos compromete com diferentes resultados, com diferentes padrões. E quanto melhores forem os padrões e os resultados que decidirmos para nós, melhores pessoas nos tornamos. E, por isso, devemos tomar decisões com frequência. Muitas vezes pergunto às pessoas o que aconteceria às suas vidas e carreiras se todas as semanas tomassem decisões sobre elas… O crescimento seria inimaginável…
Mas o melhor do poder das decisões é que todos nós o possuímos. Não é algo reservado a alguns predestinados, ou a indivíduos que nascem em condições privilegiadas. Não! Todos nós (já) o temos.
Sim, porque não são as nossas condições de vida e aquilo que nos acontece que determina o nosso futuro, mas sim as decisões que tomamos sobre aquilo que nos acontece.
            E ao juntarmos o poder das nossas decisões, com o de objectivos claros, tornamo-nos praticamente imparáveis. Uma decisão associada a um objectivo torna-nos verdadeiramente poderosos, porque a uma decisão está associada acção. E não qualquer tipo de acção, mas acção massiva. Acção com níveis de urgência e concentração de poder elevados. A uma verdadeira decisão associamos 100% dos nossos recursos. Uma verdadeira decisão é a negação da alternativa contrária.
Depois de tomarmos acção, devemos avaliar a resposta que obtemos. Se não for imediatamente positiva, devemos entendê-la apenas como feedback e não como um fracasso. E afinar a nossa abordagem até obtermos o retorno pretendido.
A única forma de não realizar um objectivo depois de tomar uma decisão é desistir. E enquanto a dor da disciplina é temporária, desistir é para sempre e é o que nos rouba os nossos sonhos. Devemos manter o compromisso absoluto com as decisões, mas mantermo-nos flexíveis na nossa abordagem até encontrar o caminho.

1 comentário:

Anónimo disse...

Fabuloso este artigo. Deixo a sugestão: vamos todos abolir a palavra DESISTIR!