quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Qualidade de Vida

O que determina a nossa qualidade de vida, não é mais que o sentido que damos àquilo que se passa à nossa volta. Essa nossa interpretação da realidade é depois condicionada, pelos nossos valores e convicções, bem como pela nossa visão do mundo.

Todos pudemos já reparar, que pessoas diferentes dão interpretações frequentemente diferentes sobre o mesmo facto ou acontecimento. A interpretação que damos vai então influenciar directamente não só a forma como nos sentimos em relação a isso, mas também as acções que daí decorrem.

Depois de estabelecida a interpretação, disparamos, quase de forma automática, um conjunto de emoções seguidas de reacções. Por exemplo, se alguém se sentir agredido pode reagir com violência, ou por outro lado esconder-se e fugir. Tudo o que lhe permita evitar a repetição do mesmo sentimento.
A quantidade de interpretações e reacções que podemos dar a qualquer evento ,será praticamente ilimitada.

Há três factores essenciais condicionantes do nosso estado de espírito e consequentemente da nossa qualidade de vida.

O primeiro é o nosso comportamento fisiológico. Postura, respiração, olhar, tensão muscular, etc. A cada estado de espírito corresponde uma determinada fisiolgia. Não é possivel estar triste assumindo uma postura direita, com o peito feito, os ombros recuados, um sorriso e o olhar ligeiramente acima do horizonte. Porquê? Porque essa é a fisiologia de alguém que está contente e confiante. Estar triste implica uma fisiologia completamente diferente. Implica baixar a cabeça e o olhar, baixar os ombros e os cantos da boca, respirar pouco profundamente. O que é que quero dizer com isto? Que se controlarmos a nossa fisiologia controlamos também o nosso estado de espírito e a qualidade das nossas vidas.

Aquilo em que focamos a nossa atenção, será o segundo factor em questão. Quantas vezes não nos focamos em pequenos problemas que nos parecem do tamanho do mundo? Quantas vezes não nos deixamos deprimir por detalhes menores? Será que é possivel eu deprimir-me por qualquer coisa a que não dou importância? Provavelmente não...
A que é que damos então importância? Um parte importante da nossa percepção da realidade, é-nos dada por contraste... Se nós colocarmos uma mão em água quente e outra em água fria e de seguida as duas em água morna, uma mão sentirá calor e a outra frio. Porquê? Porque a sua percepção da realidade lhe é dada por contraste.
Se para um individuo não ter dinheiro para pagar a pretsação do carro, pode parecer uma fatalidade, para outro que não tenha sequer casa, esse seria um problema com que ele até gostaria de viver... Alguém pode viver em sofrimento porque não tem dinheiro para comprar um avião e outra pessoa porque a manutenção do avião é muito cara. O sofrimento é o mesmo do indivíduo que não pode ter um carro do que não que pode ter um barco, ou um avião. O contraste é que é diferente...

O terceiro aspecto a considerar é a linguagem. Principalmente aquilo que dizemos a nós próprios, sobre nós próprios, quando estamos sózinhos. Assim que verbalizamos uma opinião sobre uma experiência, podemos começar a transformá-la e a dar-lhe um sentido.

Se uma linguagem poderosa e responsabilizadora nos pode conduzir a altos desempenhos e realizações, uma linguagem pobre e negativa conduzir-nos-à à mediocridade. Se eu repetir a mim mesmo que não sou capaz, que sou inferior aos outros e outras verdades que com facilidade criamos difícilmente estarei posicionado para quaisquer resultados que sejam. Até porque não tentarei sequer empreender qualquer tipo de projectos. Se pelo contrário me achar capaz e me sentir responsável pelo que acontece à minha volta, estarei lançado para tentar imensas coisas, delas tirar aprendizagens e crescer até que esteja preparado para recolher os resultados.
Estas 3 ferramentas são poderosas mesmo isoladas, mas quando usadas em conjunto catapultam-nos para os nossos sonhos e permitem-nos viver com a qualidade com que sempre sonhámos...

1 comentário:

José Reis disse...

Mudar a nossa atitude perante tudo o que nos rodeia e tem impacto no nosso eu levará a uma mudança nas nossas vidas.
Todos temos sempre 2 escolhas quando iniciamos o nosso dia, podemos fazê-lo de mau humor, ou de bom humor. Por mim escolho sempre ficar de bom humor pois quero em absoluto controlar o meu estado de espírito no dia a dia. Cada vez que algo de menos positivo aconteçe, prefiro não entrar na situação de vítima, mas sim racionalizar a ocorrência tentar retirar a necessária apredizagem. Sempre que ouço alguém a reclamar, prefiro não aceitar a reclamação pois ela acarreta sempre conotações negativas, mas sim mostrar o lado positivo da vida. Mesmo com a pessoa mais negativa e pessimista, prefiro verbalizar o lado positivo da vida, isto claro sempre com uma postura de peito aberto, focar-me nas questões verdadeiramente relevantes e importantes. Isto só pode aconteçer se este espírito estiver enraizado em nós próprios,o silêncio e a meditação mesmo que em pequenas doses são fundamentais.
Todos os dias temos a opção, porque ela existe de facto, de viver plenamente a vida e tomar decisões, pois serão essas atitudes que inevitavelmente trarão benefícios agora e para sempre! Atitude é tudo!

Se respeitar-mos as pessoas seremos respeitados, se prestigiarmos a nossa vida profissional sairemos prestigiados, Se acreditar-mos que somos capazes, vamos sê-lo a avançaremos enquanto seres pessoais e profissionais.
Temos de agir assim e de forma incondicional, façamos isso porque de facto a alternativa é sempre mais fraca e negativa, não agir assim poderá resultar no expoente máximo do fracasso! O preço do sucesso, por mais alto que seja, e que implica uma determinada atitude, é sempre menor que o custo do fracasso enquanto pessoas e profissionais!

Como dizia Fernando Pessoa:
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando...
Fazendo que planejando...
Vivendo que esperando...

José Reis