quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Abaixo da linha


O meu amigo Brad Sugars, para explicar o princípio da responsabilidade, costumava desenhar uma linha a que chamava a linha da vida. E desenvolvia que a maior parte das pessoas vivia as suas vidas abaixo desta linha.
De cada vez que encontramos uma desculpa para o que não está a correr como nós imaginávamos estamos a viver a vida abaixo da linha.
A mediocridade é cheia de razões!

Quando alguma coisa não nos corre bem, ou encontramos alguma dificuldade no caminho para os nossos objectivos, a nossa tendência é encontrar uma desculpa ou justificação. Quando encontramos uma justificação, tendemos a ligar-nos a ela. À medida que a repetimos fertilizamo-la e fazemo-la crescer no nosso subconsciente. Enquanto ela cresce vai-se tornando verdadeira, pelo menos para nós, contagiando e toldando todas as nossas outras iniciativas e chegando a comprometer o objectivo. É o princípio do fracasso! Encontrámos um alibi!

Da mesma maneira estaremos a viver a vida abaixo da linha quando encontramos culpados. De cada vez que encontramos alguém ou algo a quem atribuir as razões das nossas dificuldades estamos a boicotar as nossas possibilidades de ser bem sucedidos.

De cada vez que culpamos a sociedade, a família, a empresa onde trabalhamos, o governo, o mordomo, a sogra e o próprio mundo, que não nos trata de uma forma justa, estamos a viver a vida abaixo da linha.
Até que compreendamos que se continuarmos a culpar tudo à nossa volta pelos meus lentos progressos, estamos a culpar tudo o que temos. Se culparmos o sol, o vento, o solo, a chuva, as sementes e as estações do ano, então nada mais resta.
E viver abaixo da linha é também viver em negação. Mostramos alguma dificuldade em ver as coisas tal como elas são. Tendemos a ter uma visão enviesada sobre a realidade, quando esta nos diz respeito pessoalmente. O problema é que não dizer, ou ver, a verdade sobre a nossa vida rouba-nos o poder de agir. Esvazia-nos do poder de actuar e melhorar. Até que nos coloquemos em cima da balança e pararmos de argumentar que temos os ossos pesados e assumirmos que estamos gordos, não vamos poder mudar a nossa alimentação e os nossos hábitos de actividade física.
Mas viver abaixo da linha não nasce connosco. É algo que aprendemos! E se aprendemos a viver abaixo da linha também podemos aprender a viver acima.

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