A nossa
capacidade de visualizar e, por isso, de viver as coisas por dentro antes de as
viver por fora, é uma das nossas capacidades mais poderosas. Este hábito permite a gravação da informação no nosso subconsciente, mas permite
também a ligação da informação ao superconsciente.
A visualização desencadeia a força da lei da
atracção, pela qual tudo aquilo com que ocupamos a nossa mente, de uma forma
constante, se torna fisicamente a nossa realidade.
Um coronel americano, vários anos prisioneiro
num campo de concentração durante a guerra da Coreia e confinado a uma
minúscula cela sem grades nem luz, onde uma vez por dia se abria uma porta por
onde lhe entrava alguma comida e onde não tinha sequer espaço para dormir
esticado, nem sítio para fazer as suas necessidades, passava o seu dia dedicado
à sua paixão: o golfe. O coronel jogou e voltou a jogar, mentalmente e durante
anos, todos os jogos que havia feito na vida. Quando se cansou de jogar esses
jogos, começou a jogar os jogos de outros e até a imaginar jogos que nunca
antes havia jogado. Visualizava na perfeição todos aqueles momentos e era a
isso que dedicava o seu dia durante os anos em que esteve preso. Quando
terminou a guerra e teve a oportunidade de voltar aos EUA, inscreveu-se num
torneio e ainda que subnutrido e em má forma física, fez o seu melhor jogo de
sempre.
Quando foi entrevistado e lhe perguntaram se
era sorte a performance obtida depois de tantos anos sem jogar, respondeu que
não podia ser sorte pois tinha feito "o pior jogo dos últimos anos". Estando em
modo de visualização, temos a oportunidade de praticar apenas as coisas boas
enquanto na experiência real praticamos, muitas vezes, os erros de forma
repetida e são eles que acabam por ficar também cristalizados na nossa
auto-imagem e, consequentemente, no nosso desempenho. Testes feitos em
universidades americanas com equipas de basquetebol comprovam os mesmos
resultados. Colocadas equipas a praticar lances livres em modo de visualização
e outras em modo real, as que treinam em modo de visualização acabam quase
sempre por ter melhores resultados.
A realidade é que o nosso subconsciente não
distingue a experiência real da fictícia, tomando as duas como boas. Como em
visualização acertamos sempre, desenvolvemos a autoconfiança necessária para
ser bem sucedidos.
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